O governo do Rio vai tentar ampliar seu projeto de acessibilidade em comunidades carentes. O vice-governador Luiz Fernando Pezão e o presidente da Empresa de Obras Públicas (Emop), Ícaro Moreno, apresentam hoje em Brasília plano de intervenção urbana nos complexos do Alemão e de Manguinhos e na Cidade de Deus. Os projetos são similares ao que será feito na Rocinha, cujo convênio entre a administração estadual e a União já foi fechado e prevê aplicação de R$ 72 milhões.
Ampliação de vias, saneamento, realocação de moradores, construção de praças, creches e áreas de lazer são algumas das intervenções previstas nas três comunidades. Os projetos serão apresentados ao ministro das Cidades, Márcio Fortes, e os recursos para as obras, que ainda não estão totalmente calculados, deverão vir do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), através do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social.
– Estou convencido que não há outro caminho para as favelas do Rio que não seja um choque de urbanização, de acessibilidade – declarou o governador Sérgio Cabral. – Vamos usar recursos do PAC na urbanização de Manguinhos e do Complexo do Alemão, onde há 300 mil moradores – afirmou.
Pelo projeto do governo, as principais intervenções no Complexo do Alemão vão atingir as ruas Canitá e Joaquim Queiroz, que serão ampliadas e deverão ter seu acesso facilitado.
No Complexo de Manguinhos, o objetivo será a elevação da linha férrea, para acabar com a divisão geográfica da comunidade. O espaço embaixo da linha será urbanizado e terá áreas de lazer. Na Cidade de Deus, as obras serão pontuais, com prioridade para construção de praças e rede de saneamento.