Governo defende indústria nacional, sim sr!

É incontestável o esforço do governo federal do PT em defesa da indústria nacional, ao contrário da tão alardeada e insustentável tese de que vivemos um processo de desindutrialização. Dois levantamentos atestam o que afirmo: um, da Receita Federal (RF) sobre a desoneração das empresas nos últimos cinco anos; o outro, publicado hoje no Estadão que que levantou as 40 medidas de amplo alcance já tomadas ou ainda em estudo pela presidenta Dilma Rousseff para proteger nosso setor industrial.

O levantamento da RF, por exemplo, responde a uma das principais queixas apresentadas pelos empresários à presidenta Dilma Rousseff durante o encontro ocorrido na semana passada no Planalto - a alta carga tributária. Conforme o arrolado pela Receita, as medidas tomadas pelo governo nos últimos cinco anos desoneraram as empresas em, no mínimo, R$ 97,8 bi. A cifra equivale ao dobro dos investimentos programados para o PAC este ano, e a quatro vezes o montante reservado ao Programa Brasil sem Miséria.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, inclusive, garantiu que as desonerações da folha de pagamento serão ampliadas para reduzir o custo da mão de obra. Mantega também reafirmou o compromisso com a manutenção das medidas que sustentam a cotação do dólar e as voltadas ao barateamento e ampliação do crédito. Reafirmou, também,a continuidade da política de a queda da taxa Selic de juros.

Nesse esforço pró-indústria nacional o governo não apenas reduziu a carga tributária para investimentos e exportações, como desonerou e protegeu os setores mais atingidos pelas guerras cambial e comercial. Além disso, diminuiu reduziu os juros e se prepara agora para reduzir as contas de luz elétrica via PIS-COFINS.

Neste caso, é importante lembrar que é o ICMS (tributo estadual) que encarece a energia, sem falar das consequências nefastas que nós ainda administramos da privataria tucana - a tentativa desastrada de privatizar totalmente o setor.

40 iniciativas em prol da indústria nacional

Outra prova do esforço do governo está no levantamento do Estadão hoje: nada menos que 40 iniciativas foram adotadas em defesa da nossa indústria nestes quinze meses de governo Dilma.São medidas que incidem, por exemplo, no câmbio, na fiscalização de portos, na defesa de produtos nacionais em licitações, na elevação de impostos para importados etc, muitas das quais, inclusive, consideradas "protecionistas" por nosso parceiros comerciais.

Por isso, repito: temos de reconhecer o esforço do governo. Desconhecê-lo não ajudará a resolver o problema que depende, sim, de outras medidas e ações de médio prazo. Elas estão sendo adotadas em prol da infraestrutura com as concessões e os investimentos públicos; da educação e inovação; do crédito mais barato e mais acessível, o que depende, obviamente, do mercado de capitais e dos bancos privados.

Aliás, é estranho que o empresariado não cobre dos bancos privados spreads menores e mais crédito!