Alberto Fernández, chefe do gabinete de ministros da Argentina, rejeitou críticas que afirmam uma passividade diante das manifestações dos setores mais intransigentes de desempregados, e disse que o governo preserva a segurança coletiva por não as reprimir.
- Pensar em uma reação como alguns propõem, como a repressão aos piqueteiros, seria um risco muito grande - destacou Fernández, referindo-se ao fato de muitos desempregados levarem mulheres e filhos para as manifestações.
Nos últimos dias, vários funcionários do governo de Néstor Kirchner questionaram o método de alguns setores dos piqueteiros, que ocuparam nove lojas da rede de fast-food Mcdonald's e o hall do hotel Sheraton, e inclusive atacaram a sede da petroleira espanhola Repsol YPF.
Os piqueteiros, que fecham ruas e estradas para pedir trabalho e comida, ganharam nos últimos anos grande destque na crise que afeta o país, no qual a metade da população é pobre e que registra um desemprego de 14,4%.