Genebra teme perda de importância

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Publicado Segunda, 05 de Fevereiro de 2007 às 11:15, por: CdB

Secretário-geral da ONU

minimiza Genebra ?

 

Os funcionários se perguntam e os próprios jornalistas ali credenciados: será que Genebra corre o risco de perder a importância como sede européia da ONU?

A razão decorre da quase inexistência de Genebra, na agenca do novo secretário-geral, o sul-coreano Ban Ki-moon. Nada a ver com o ex-secretário-geral Kofi Annan, que havia estudado na Suíça e que começara em Genebra sua carreira na ONU, mantendo com a Suíça forte vínculos, pois um de seus filhos tem sua vida esportiva entre os suíços.

Uma grande decepção para as missões diplomáticas em Genebra foi a ausência de Ban Ki-Moon na abertura da interminável Conferência da ONU sobre o desarmamento, preferindo viajar para a África. Ora, pelo visto, a tendência do novo secretário é a de considerar Genebra como uma simples capital européia, esquecendo-se que nela se encontra o antigo prédio da precursora Sociedade das Nações.

Esse comportamento que desagrada aos meios diplomáticos de Genebra, temerosos de uma perda de importância política da cidade, se ajunta à primeira crítica contra o novo secretário da ONU, da Anistia Internacional, por não ter se pronunciado contra a pena de morte aplicada ao ex-presidente do Iraque Sadam Hussein. A ausencia de Ki-moon é também negativa para o recém-remodelado Conselho de Direitos Humanos, criticado pela imprensa americana de Nova Iorque, onde fica a sede principal da ONU.

Faz alguns anos, a Suíça temia uma desintegração de Genebra como sede das organizações internacionais ligada à ONU, e esse receio poderá retornar. Mesmo porque o novo secretário-geral não foi também a Davos, onde ira sempre seu antecessor, e sua primeira viagem à Euripa foi para Bruxelas.

Em todo caso, a sede de Genebra da ONU emprega mais de 1600 pessoas e nela se realizam mais de 8 mil reuniões internacionais por ano.
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