Garotinho quer Cabral na mesa diretora do Senado

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Publicado Terça, 18 de Janeiro de 2005 às 20:01, por: CdB

O secretário de Estado de Governo e Coordenação, Anthony Garotinho, pediu ao senador Renan Calheiros (PMDB-AL), candidato à presidência do Senado, que o senador Sergio Cabral (PMDB-RJ) seja incluído na composição da Mesa. A intenção do secretário é acabar com "a falta de representação do Rio" em Brasília. A solicitação foi feita durante encontro no Palácio Guanabara, sede do governo no Rio.

"O meu pedido é em nome do Estado do Rio. O Rio já não tem nenhuma representação no ministério, está sem nenhuma representação na Mesa da Câmara e do Senado. Peço para que olhe com muito carinho a presença do senador Sergio Cabral na Mesa do Senado", afirmou. Calheiros prometeu que "fará o possível para atender o pedido", informou em nota a Assessoria de Imprensa do Palácio Guanabara.

No encontro, Garotinho pediu ainda que Calheiros se transforme num intermediador das relações do governo do Rio com o governo federal.

"Espero que ele seja o padrinho dessa reaproximação com o governo federal porque o Rio não tem sido tratado de forma igualitária", queixou-se o ex-governador, que ressaltou que não quer "briga" com o governo federal.

"Se o governo federal tivesse agido da mesma forma como agiu com São Paulo, não teria problema. Tudo começou com o bloqueio de dinheiro no primeiro dia de governo da Rosinha. No total, foram bloqueados R$ 490 milhões. Um governo que está assumindo precisa de tempo para organizar a casa. Não nos deram esse tempo como fizeram com o José Serra", afirmou.

Garotinho disse que os 21 deputados de seu grupo político estão impedidos de votar no deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) para a presidência da Câmara porque "ele representa um governo que não quer conversar". No seu estilo "morde e assopra" Garotinho afirmou, no entanto, que "gostaria" de votar em Greenhalg, por quem tem "grande apreço", por causa de "sua luta pelos direitos humanos". Ele acrescentou, no entanto, que não assumiu compromisso com a candidatura avulsa de Virgílio Guimarães (PT-MG).

Garotinho disse esperar que o governo cumpra, antes da eleição na Câmara, acordos acertados há dois anos. Segundo Garotinho, o governo federal se comprometeu a liberar R$ 1,5 bilhão de Certificados Financeiros do Tesouro, que são do Rio Previdência. "Só foi liberado uma parte deste dinheiro. No final deste ano, o ministro Antônio Palocci pediu para que o deputado Eduardo Cunha não continuasse a obstruir a votação do orçamento e prometeu que o pleito do Rio seria liberado. O deputado parou com a obstrução houve a votação e o governo federal não cumpriu. Como podemos confiar no governo dessa forma? Espero que o nosso padrinho restabeleça esta confiança", enfatizou.

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