G20 defende resgate da Europa, mas não libera o cheque

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Publicado Terça, 28 de Fevereiro de 2012 às 11:32, por: CdB

A Europa está hoje em crise e o G20 quer salvá-la, porém adia até junho qualquer decisão sobre um eventual pacote de resgate, conforme foi informado durante a reunião de autoridades econômicas das 20 maiores economias do mundo, realizada no México.

Embora falem que a economia global, em especial na zona do euro, mostra certo grau de estabilização, ainda é latente o risco de uma recaída e não se apagou a luz vermelha sinalizando perigo.

Os ministros de Finanças e chefes de bancos centrais dos países que concentram mais de 80% do valor da produção mundial, coincidiram em que a leve recuperação econômica se sustentou graças às políticas do Banco Central Europeu adotadas em dezembro.

Agustín Carstens, diretor do Banco do México, afirmou que a insegurança continua implícita, mas negou que a crise seja, como opinam alguns especialistas, do tamanho de um mamute.

O moderado otimismo foi o resultado do encontro de alto nível dos países integrantes do G-20, assim como vários convidados da presidência mexicana, celebrada na capital do país durante sábado e domingo passados.

Avançou-se alguma coisa na intenção de dotar o Fundo Monetário Internacional (FMI) de mais recursos financeiros para poder conter a queda livre da dívida soberana no Velho Continente.

Mas tudo isso ficou nas boas intenções que poderão se concretizar quando nos cofres for posta a cifra fixada: dois trilhões de dólares como resultado da contribuição da Europa e do FMI.

Por enquanto, a Alemanha suavizou sua intransigência para engrossar os recursos de resgate para a zona do euro, o qual, certamente, proporcionaria ao G20 uma maior possibilidade de manobra.

No entanto, o FMI precisa de uma injeção urgente de cerca de 500 bilhões de dólares para garantir seu apoio aos estados europeus, segundo o cálculo da diretora gerente do organismo, Christian Lagarde.

Também existe um alto nível de endividamento, tanto público como privado, na maioria das economias da zona do euro e, além disso, tem piorado recentemente o tema dos preços dos hidrocarbonetos.

O secretário do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, comentou que se deve ir além das medidas de austeridade, de saneamento das finanças públicas, e apostar no crescimento e na geração de empregos.

Diante desse cenário, em abril se realizará uma nova reunião ministerial do G-20, na qual será abordado o tema dos recursos necessários ao fundo de resgate, mas em março são esperados compromissos mais concretos depois da analisar o desempenho das economias dos países europeus socorridos há pouco, como a Grécia.

Este seria o maior desembolso de dinheiro desde que, em 2008, se destinou um trilhão de dólares para tirar a economia mundial do aperto creditício que explodiu nos Estados Unidos, causador da pior recessão reportada desde a década de 30 do século passado.

Fonte: Prensa Latina

 

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