As cidades de fronteira do Brasil com dez países da América do Sul receberão investimentos de cerca de R$ 64 milhões para o desenvolvimento social e econômico.
A idéia é descobrir a vocação econômica dessas localidades, capacitar os cidadãos e ajudá-los a desenvolver uma atividade produtiva. Inicialmente serão atendidos cinco pontos, envolvendo seis cidades brasileiras e cinco nos países vizinhos.
O trabalho será desenvolvido por um grupo interministerial, coordenado pelo Ministério da Integração Nacional.
A informação é do diretor do Programa de Desenvolvimento Regional das regiões sul e sudeste, do Ministério da Integração Nacional, Rogério Vieira.
Segundo ele, a ação vai facilitar o repasse de recursos do governo para melhorar as condições de vida das pessoas nesses locais.
– Isso representa um choque de desenvolvimento. Você está chegando em um espaço com um conjunto de ações que antes chegava, muitas vezes, desagregado. Agora eles estão chegando de forma ordenada e com uma estrutura que permita um impacto e um choque de desenvolvimento – informou.
Segundo Vieira a intenção também é melhorar a infra-estrutura, a educação e a saúde para as pessoas que vivem nesses locais.
– O programa, em uma perspectiva de desenvolvimento econômico, busca promover a superação das desigualdades aproveitando as especificidades locais considerando a participação da sociedade – explicou.
Estão programadas 173 atividades de diversos ministérios para melhorar a condição social dessas pessoas, como o projeto Ação Segurança Cidadã, do Ministério da Justiça, e o Sistema Integrado de Saúde das fronteiras do Ministério da Saúde.
A região de fronteira abrange 27% do território nacional, com 2,357 milhões de quilômetros quadrados, nos 11 estados próximos a dez países sul-americanos.
São 588 municípios e uma população estimada em 10 milhões de habitantes.