A decisão da Bolívia de nacionalizar seu setor de petróleo e gás terá "consequências econômicas de longo alcance" e a forma como o país negociará com as empresas afetadas será crucial, afirmou um porta-voz do Fundo Monetário Internacional nesta quinta-feira.
- A decisão do governo boliviano... tem consequências econômicas potenciais de longo alcance - afirmou Massood Ahmed a jornalistas.
Ahmed acrescentou que as conversações entre o governo e as empresas afetadas pela nacionalização ao longo dos próximos seis meses terão de encontrar um terreno comum em questões como compensação e contratos de exportação.
Ele disse ser importante que as negociações levem a soluções mutuamente acordadas, o que, em última instância, assegurará o fluxo futuro de capital estrangeiro para a Bolívia. A Petrobras é a maior investidora estrangeira na Bolívia e deve discutir com o governo do presidente Evo Morales, que decretou a nacionalização em 1o de maio, compensações para a expropriação parcial de seus ativos no país.