FMI faz elogios a condução das reformas

A presidente em excercício do Fundo Monetário Internacional (FMI), Anne Krueger, elogiou a condução das reformas tributária e previdenciária pelo governo. Segundo ela, a condução das reformas e o cumprimento de todos os critérios de desempenho levaram à aprovação, pela diretoria do fundo, da terceira revisão do acordo feito em setembro do ano passado, no valor total de US$ 30 bilhões. Com a aprovção, o fundo liberou US$ 9,3 bilhões. O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, anunciou na tarde desta sexta-feira, que o Brasil vai sacar o montante liberado. Eis a íntegra da nota de Anne Krueger: "O desempenho do Brasil no programa apoiado pelo FMI continua elogiável. Ao concluir a terceira revisão do acordo, os Diretores ficaram em particular encorajados pelo fato de que todos os critérios de desempenho foram alcançados e que as propostas de reformas da previdência e tributária foram enviadas antes do prazo. Como resultado deste desempenho vigoroso, os indicadores financeiros continuam a melhorar, e o Brasil retomou, em termos favoráveis, o acesso ao mercado internacional de capitais. O compromisso inabalável com a estabilidade econômica, baseado na disciplina fiscal e monetária e nos esforços para melhorar a composição da dívida publica, continua como peça central da estratégia econômica do governo. O sólido desempenho fiscal até o presente dá uma forte indicação de que a meta de superávit primário para 2003 será atingida. Além disto, a meta de médio prazo de 4,25% do PIB é um importante compromisso com vistas a assegurar a sustentabilidade da dinâmica da dívida. A resposta proativa da política monetária às pressões inflacionárias tem resultado em um contínuo declínio dos índices mensais de inflação. O progresso contínuo na condução da ambiciosa agenda de reformas é essencial para construir sobre os ganhos de confiança obtidos nos últimos meses, e estabelecer as bases para a retomada do crescimento de maneira forte, sustentável e com equidade social. As reformas da previdência social e tributária submetidas recentemente ao Congresso, se aprovadas na sua íntegra, contribuirão para reduzir os desequilíbrios fiscais e remover ineficiências que prejudicam o crescimento. As demais prioridades de reforma identificadas pelo governo, inclusive as medidas para tornar o gasto público mais flexível, eliminar barreiras ao comércio internacional e estimular o aprofundamento do mercado de crédito, ajudarão a consolidar o recente progresso e a servir de base para a retomada do investimento e do crescimento econômico".