Filho de Argaña acusa Justiça brasileira de receber propina para libertar Oviedo

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Publicado Terça, 18 de Dezembro de 2001 às 23:44, por: CdB

O secretário-geral da presidência do Paraguai, Jesús Argaña, filho do ex-vice-presidente Luís María Argaña, afirmou que tem certeza de que "correu muito dinheiro para que os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil decidissem libertar o general Lino Oviedo" - principal suspeito do assassinato de seu pai ocorrido em março de 1999. "É provável que tenham predominado outros tipos de interesses. Tenho certeza de que correu muita grana", reiterou Argaña. Argaña lembrou que o governo do presidente Luís González Macchi "fez o possível" para que a extradição se concretizasse. Ele rechaçou ainda o argumento dos juízes brasileiros de que haveria fins políticos no pedido de extradição de Oviedo, reiterando que o ex-chefe das Forças Armadas "é um assassino vulgar e perigoso, que carece de escrúpulos". Seu irmão, Nelson Argaña, líder do movimento Reconciliação Colorada - no poder desde a queda de Raúl Cubas e inimigo político da facção de Oviedo - atribuiu a decisão brasileira à ação de uma máfia poderosa com muitos recursos. "Poderão comprar a justiça terrena, mas existe a justiça divina", afirmou. As autoridades paraguaias acusam Oviedo de ter planejado o assassinato do vice-presidente Luis María Argaña e a morte de sete pessoas em uma manifestação na Praça do Congresso de Assunção, três dias depois do atentado que provocou a crise política que derrubou Cúbas. O presidente do STF, ministro Marco Aurélio Mello, ainda não se pronunciou a respeito das denúncias.

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