Filha de milionário foi 'motorista' de participantes de distúrbios em Londres

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Publicado Sexta, 23 de Março de 2012 às 06:32, por: CdB

Filha de um milionário britânico, Laura Jonhson, de 20 anos, nega acusações

A filha de um milionário britânico acusada de roubar 5 mil libras (cerca de R$ 14 mil) em produtos eletrônicos durante a onda de tumultos nas ruas de Londres em agosto de 2011 atuou como motorista durante as manifestações e saques, segundo a Justiça da Grã-Bretanha.

Em depoimento à polícia, Laura Johnson, de 20 anos, disse que por cerca de duas horas os manifestantes colocaram produtos eletrônicos furtados em seu carro e que ela julgou que não poderia dizer não para um dos envolvidos na ação, conhecido como "T-Man", que ela tinha acabado de conhecer.

A jovem nega as cinco acusações de roubo e três acusações de receptação de objetos roubados.

Ela disse ainda que os manifestantes que estavam em seu carro sugeriram que ela roubasse joias.

"Um dos garotos disse que nós deveríamos assaltar joalherias e ele disse, 'Laura quer ir para casa com um colar de 10 mil libras (R$ 28 mil) hoje'", afirmou.

À polícia, ela disse ter recusado a ideia.

Ordens

Laura disse que naquela noite foi até a casa de "T-Man", também conhecido como "D-Man" ou "Sylar", para entregar a ele um carregador de celular. Pouco após chegar ao local, ele e outros rapazes entraram no carro e deram ordens de que ela dirigisse.

Por cerca de duas horas ela dirigiu por diferentes pontos de Londres, conforme era instruída pelos rapazes que passavam por lojas, furtando eletrônicos como televisões.

A jovem disse à Justiça que tinha se planejado somente para entregar o carregador para "T-Man" e que jamais imaginou que dirigiria pelas ruas da capital britânica em meio aos tumultos.

"Não tive a impressão de que eles fossem o tipo de pessoa para quem você pode dizer não. Obviamente esta não era a maneira como esperei que meu dia fosse transcorrer. Não foi algo que eu planejei fazer", afirmou a jovem.

Para a promotoria, no entanto, há indícios de que Laura não estava agindo sob coerção dos rapazes.

A Justiça ainda avalia o caso.

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