O Conselho da Europa pediu nesta quarta-feira ao presidente da Fifa, Joseph Blatter, uma condenação a prostituição forçada que se espera paralelamente à disputa da Copa 2006, na Alemanha.
A socialista suíça Ruth-Gaby Vermot-Mangold, autora de um relatório sobre a prostituição de mulheres nas vésperas do Mundial, exortou a seu compatriota a posicionar-se claramente na contramão desta forma de escravatura moderna, que correm o risco de sofrer entre 30 mil e 60 mil mulheres durante o Mundial.
- Blatter será cúmplice se não denunciar agora essas práticas e demonstrar sua luta - declarou Ruth-Gaby.
Os parlamentares do Conselho da Europa adotaram em Strasburgo uma resolução que demanda à Fifa que condene a exploração das mulheres.
Convidaram igualmente aos meios de comunicação e aos jogadores profissionais a denunciar e implicar-se na campanha "cartão vermelho contra a prostituição forçada", criada por uma ONG.
Em um texto dirigido aos parlamentares, Blatter indicou que a Fifa, organizadora esportiva da competição, não tem a possibilidade de controlar o que passa fora dos estádios.
Para o socialista francês Jean-Pierre Kucheida, a posição na contramão da Fifa não é quase perceptível.
O parlamentar português José Mendes Bota voltou a repetir. "Nas doze cidades anfitriãs, criaram-se bordéis temporários, estacionamentos, há pessoas que vêem na Copa uma fonte de benefícios, é a Santa Aliança do sexo, a cerveja e o futebol, a união entre o futebol e a prostituição e o baile de milhões."