Fiesp e centrais sindicais pedem medidas preventivas para indústria e empregos

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Publicado Quinta, 26 de Janeiro de 2012 às 16:12, por: CdB
Fiesp e centrais sindicais pedem medidas preventivas para indústria e empregos

Por: Raoni Scandiuzzi, Rede Brasil Atual

Publicado em 26/01/2012, 19:01

Última atualização às 19:01

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São Paulo – O presidente da Federação das Indústrias do Estado deSão Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, considera positivo o atual panoramaeconômico do país, mas alerta que há sinais preocupantes para o futuro.Segundo o dirigente, há um certo "descaso" com os setores produtivos dopaís. O executivo participou de encontro com dirigentes de centraissindicais, na manhã desta quinta-feira (26), na sede da Fiesp, nacapital paulista.

O evento contou com representantes de cinco centrais: ForçaSindical, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB),Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Nova Central Sindicalde Trabalhadores (NCST) e União Geral dos Trabalhadores (UGT). Aspartes voltam a se reunir em 6 de fevereiro para definir a data de umato público que terá como objetivo cobrar do governo medidas paraconter o risco de desindustrialização.

"Os setores produtivos estão de mãos dadas para chamarem a atençãodo governo, para que dê mais atenção à produção deste país", reclamouSkaf. "Não temos muito o que comemorar, temos de tomar providênciasrápidas", afirmou.

Mesmo reconhecendo que o país passa por um momento positivo para omercado de trabalho – com 1,9 milhão de vagas formais criadas em 2011,segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), doMinistério do Trablho –, os sindicalistas reclamaram da falta deempregos com qualidade.

O presidente da UGT, Ricardo Patah, apontou o padrão das exportaçõesbrasileiras como fator complicador. Segundo ele, o atual modelocolabora para manter empregos de baixa qualificação no país. "Nãopodemos continuar exportando commodities e importando, porexemplo, trilho para as ferrovias", disse Patah, que em setembro sefiliou ao PSD (partido comandado pelo prefeito de São Paulo, GilbertoKassab) .

Para o sindicalista, apesar da excelente avaliação do governo DilmaRousseff (59% de ótimo e bom, segundo pesquisa do instituto Datafolha),o país está aquém de seu potencial produtivo. "O Brasil está seapresentando como um país maravilhoso e infelizmente nós sabemos quenão é bem isso. O crescimento pífio do Brasil em relação ao da Índia eao da China demonstra que nossa capacidade não é toda aquela não",reclamou.

O presidente da Força, o deputado federal Paulo Pereira da Silva, oPaulinho (PDT), também criticou o governo, especialmente sobre a taxabásica de juros, uma das mais altas do mundo (10,5% ao ano). "Estamosde acordo que a importação é uma coisa vergonhosa, desenfreada, que odesemprego começa a nos preocupar, que estamos com problemas nos juros,no câmbio", destacou. Paulinho avalia que a manifestação que pretendemfazer será fundamental para "dar um tranco no governo".

 

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