O presidente cubano, Fidel Castro, ironizou os relatos publicados na imprensa norte-americana de que a CIA (agência secreta americana) descobriu que ele sofre de Mal de Parkinson e estaria perdendo as suas habilidades físicas e mentais. Discursando a um grupo de estudantes da Universidade de Havana por mais de cinco horas, Fidel mostrou-se bem disposto e disse que nunca se sentiu tão bem em toda a sua vida. Embora ele não tenha negado que tem Parkinson, o longo dicurso de pé parece ter sido planejado para dissipar os boatos em relação à sua saúde. Durante o discurso, Castro lembrou que já foi declarado morto várias vezes por seus inimigos.
Na quarta-feira, o jornal The Miami Herald publicou uma matéria na sua primeira página dizendo que a CIA havia concluído que o líder cubano sofria da doença, após analisar imagens de suas aparições públicas nos últimos anos. Fontes da CIA não identificadas pelo jornal dizem que a saúde de Fidel vem se debilitando e que autoridades americanas já foram alertadas para um período em que "médicos dizem que os sintomas se tornam mais evidentes, os remédios são menos eficazes e as funções mentais começam a se deteriorar".
Depois do jornal, agências de notícias internacionais publicaram relatos semelhantes. O presidente cubano tem 79 anos, e as especulações sobre sua saúde têm aumentado nos últimos anos. Os rumores são alimentados por breves lapsos durante os seus discursos e por dois episódios, um desmaio em Havana e um tombo durante a cerimônia de posse do presidente argentino, Néstor Kirchner, em 2003.
Representantes do governo cubano dizem que aqueles que estão próximos de Fidel só podem ficar impressionados com o seu vigor.
Fidel, por sua vez, diz que se enganam aqueles que acham que a revolução cubana vai chegar ao fim quando ele morrer.