A entidade que controla o automobilismo mundial, acusada de favorecer a Ferrari, se defendeu dizendo que ainda quer um fornecedor único de pneus e a restrição de testes.
A FIA publicou documentos na quarta-feira que incluem correspondências detalhadas entre o presidente Max Mosley e as 10 equipes sobre as possíveis mudanças de regras para cortar custos.
Eles também tornaram disponíveis minutos de uma reunião entre Mosley e representantes da campeã mundial Ferrari, em Londres, na semana passada, em que as outras nove equipes decidiram não comparecer.
- Os minutos da reunião...deixam claro que, entre outras propostas, a FIA é fortemente a favor de um fornecedor único de pneus e de restrição de testes regulados pela FIA (baseados em milhagem ao invés de dias - disse a FIA em um comunicado.
A mudança para um fornecedor pode ser encarada como um retorno aos pneus slicks (lisos), de antigamente, além de cortar custos, com as equipes não tendo que gastar uma fortuna em testes de pneus em circuitos desertos.
Um porta-voz da FIA disse que a entidade se encontrará com as duas empresas que participam da categoria, Bridgestone e Michelin, para discussões, antes da reunião marcada com as equipes para Paris, em 15 de abril.
Embora os rivais da Ferrari estejam apoiando um único fornecedor, possivelmente para o próximo ano, os italianos se opuseram a isso, de acordo com os minutos mostrados na reunião.
A Ferrari tem um relacionamento especial com a japonesa Bridgestone, enquanto BAR, Renault, Williams e McLaren são parceiras da Michelin.
A Ferrari também se recusou a se juntar às outras nove equipes no acordo de limitação dos testes durante a temporada para 30 dias, afirmando que preferem uma restrição baseada em milhas -- visão apoiada pela FIA.