Elitista e preconceituoso
FHC parece querer mesmo ajudar Lula. Cada vez que abre a boca faz com que ele suba nas pesquisas. A última foi na entrevista a Jô Soares: "Pobre quando chega lá em cima acha que é outra coisa", disse o ex-príncipe dos sociólogos. Difícil saber se a afirmação é mais elitista ou mais preconceituosa. Se é verdade que Lula se deslumbrou com as luzes do Planalto, o mesmo já aconteceu com gente nascida em berço de ouro, como Collor. A questão não é de origem social, mas de caráter.
Tratamento especial
Ilustrativa a chamada de primeira página do Globo para um editorial nesta quinta-feira: "Palocci aderiu à cultura aparelhista do PT ao acionar um braço do Estado em proveito próprio". Mostra que Palocci, enquanto era o queridinho da grande imprensa, não era visto como um autêntico petista. Depois de desmascarado, O Globo concluiu que ele "aderiu à cultura aparelhista do PT".
Falta de critérios
A absolvição do deputado João Paulo mostra absoluta falta de critérios. João Paulo não só recebeu R$ 50 mil de Marcos Valério, mas também, no tempo em que era presidente da Câmara, contratou com dinheiro público a empresa de Valério para fins particulares. Outros mensaleiros, contra os quais só havia a acusação de ter recebido recursos do valerioduto, mas não tão bem relacionados na Câmara como João Paulo, já foram cassados.
O exemplo vem de cima
Ancelmo Góis informa, em sua coluna no Globo desta quinta-feira, que o governador Zeca do PT, de Mato Grosso do Sul, enviou à Assembléia Legislativa projeto que restabelece a pensão vitalícia para ex-governadores do estado. A pensão existia e foi extinta em 1999, quando o então deputado Zeca do PT fez um escarcéu para acabar com ela. Ninguém deve estranhar o comportamento de Zeca agora: no PT veio de cima o exemplo de dizer uma coisa fora do poder e, depois, fazer outra.
Badalação com astronauta