FHC diz que país é administrável

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Publicado Sexta, 11 de Outubro de 2002 às 14:24, por: CdB

Em meio à nova turbulência que agitou os mercados financeiros durante a semana, o presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou, nesta sexta-feira, esperar que seu sucessor tenha responsabilidade perante o Brasil para mostrar que a situação do país é perfeitamente administrável. FHC salientou que o próximo presidente precisará ter sentimento patriótico de que o Brasil vai, em qualquer circunstância, honrar os contratos e ter políticas claras. "Espero que o próximo presidente dê continuidade ao social e não permita a volta da inflação, porque isso destrói o social", disse. "Todos nós devemos dizer e manifestar confiança de que o Brasil vai continuar sendo administrado com correção e competência", acrescentou. Fernando Henrique também falou sobre as constantes altas do dólar. Para o presidente, não há motivo para se pensar que o Banco Central esgotou suas possibilidades de controlar a crise cambial. FHC credita esta disparada do dólar a uma combinação da especulação, do momento eleitoral e da incerteza causada pela falta de clareza sobre a política que será adotada pelo candidato vencedor nas eleições. "O Banco Central dispõe de muitos recursos. Ele não vai abrir o jogo. É preciso esperar mais um pouco. Eu não gosto nem de falar de câmbio porque o assunto é muito delicado e qualquer palavra minha pode servir para especulação. Vamos confiar", recomendou. FHC acha que os bancos, em todo o mundo, têm problemas de liquidez e que há perda de dinheiro. Por isso, não se arriscam em novos investimentos. Mas no caso do Brasil, a situação está controlada. De acordo com o presidente, o Brasil precisa continuar sonhando e continuar nas mãos de pessoas que cumprem o que falam. "Precisamos continuar sonhando que o Brasil vai continuar em mãos competentes, sem mesquinharia, mas com muito trabalho", disse FHC, sem citar o nome do candidato que apóia à sua sucessão, o senador José Serra. Fernando Henrique participou da cerimônia de inauguração do trecho oeste do Rodoanel Mário Covas, em São Paulo. O presidente sobrevoou a obra de 32 quilômetros que interliga as rodovias Régis Bittencourt, Raposo Tavares, Castelo Branco, Anhangüera, Bandeirantes e Estrada Velha, em Campinas. O trecho é resultado de investimentos de R$ 1,2 bilhão. Durante a inauguração, Fernando Henrique elogiou o governador Mário Covas, morto em março de 2001.

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