Festival internacional de documentários começa em São Paulo

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Publicado Quarta, 21 de Março de 2007 às 12:48, por: CdB

A 12ª edição do festival internacional de documentários "É tudo verdade" começou nesta terça-feira em São Paulo. O festival começa com a maratona de exibições de seus cerca de 120 filmes - entre curtas, médias e longas-metragens.

Neste ano, a mostra (que segue para o Rio, Campinas, Brasília e Porto Alegre) tem entre seus destaques cinebiografias de Maria Bethânia, Celso Furtado e José Lins do Rêgo, raridades como "Tintin e eu", com bastidores do personagem desenhado por Hergé, e um filme sobre os métodos do cineasta Michael Moore, posto em xeque pela cineasta canadense Debbie Melnik.

Filmes sobre os conflitos internacionais atuais, como os do Iraque e da Palestina, e dois filmes que acabam de concorrer ao Oscar de melhor documentário: "Acampamento de Jesus" e "Iraque em fragmentos" também fazem parte da mostra.

Os cerca de 120 filmes são divididos em mostras e em categorias competitivas. Na competição brasileira, sete filmes, entre longas e médias, concorrem ao prêmio "Janela para o contemporâneo", de R$ 100 mil; na disputa internacional - novidade deste ano - concorrem 14 longas, inclusive "Fantasmas de Abu Ghraib", sobre tortura, e 11 curtas-metragens.

As mostras se chamam "O estado das coisas", com documentários informativos - da história do jazz a filme sobre Cuba; "Horizonte", com obras que ousam na linguagem documental; "Foco latino-americano", com seis produções de vizinhos e a brasileira "Caroneiros", sobre um grupo de jovens viajando a América do Sul em dois fuscas; "IDFA, 20", homenagem ao 20º aniversário do pai dos festivais de documentários, o festival de Amsterdã; e "O melhor dos festivais franceses", com produções exibidas na França no ano passado.

Hors concours e "Projeções especiais" reúnem filmes de destaque que estão fora das competições. O primeiro traz os dois finalistas do Oscar 2007 já citados, além do retrato de José Lins do Rego, feito por Wladimir Carvalho ("Um dos documentários mais importantes que vi em todos estes anos de festival", diz Labaki). O segundo reúne outras quatro produções brasileiras, inclusive "Handerson e as horas", de Kiko Goifman, que ganha sessão na comunidade de Heliópolis e no Cinemark Eldorado.

Há, ainda, as seleções de filmes do brasileiro Linduarte Noronha, cujo "Aruanda" é visto por Amir Labaki como o documentário que inspirou o Cinema Novo, e do norte-americano Jay Rosenblatt, que faz parte do júri internacional desta edição do festival.
 
 

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