Começou a vigorar às 3h de terça-feira (23h desta segunda-feira, pelo horário de Brasília) um cessar-fogo acordado entre as facções rivais palestinas Fatah e Hamas em Gaza. O acordo foi anunciado depois de diversos dias de violentos confrontos entre as duas principais facções militantes palestinas que deixaram mais de 30 mortos.
O anúncio foi feito pelo ministro das Relações Exteriores palestino, Mahmoud Zahar, membro do Hamas, ao lado de líderes do Fatah, depois de reuniões de negociação intermediadas por diplomatas egípcios. As negociações envolveram o primeiro-ministro palestino, Ismail Haniya, do Hamas, e um assessor do presidente Mahmous Abbas, do Fatah.
Segundo Zahar, os dois lados concordaram em remover barreiras e retirar seus homens armados das ruas de Gaza. Ambos os lados também concordaram em soltar reféns capturados recentemente, afirmou Zahar. Um acordo semelhante de paz já havia sido firmado entre os dois grupos há alguns dias. No entanto, foi rompido pouco depois de ser anunciado.
Violência
Essa onda de violência é a pior desde que o Hamas venceu as eleições parlamentares, há um ano. Desde então, tentativas de formar um governo de união nacional entre o Hamas e o Fatah (que detém a presidência) têm fracassado. Um lado acusa o outro pelo fracasso das negociações e pela explosão da violência.
No domingo, o rei Abdullah, da Arábia Saudita, convidou os líderes das duas facções para um encontro em Meca com o objetivo de encontrar uma solução para a onda de violência. Em uma carta aberta, o rei Abdullah descreveu os confrontos recentes como uma "desgraça" e pediu aos líderes que fizessem com que o "diálogo prevaleça sobre a linguagem das armas".
O Hamas e o Fatah aceitaram o convite mas não marcaram uma data para o encontro.