Falta de preparo agravou atentados de 7 julho em Londres

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Publicado Segunda, 05 de Junho de 2006 às 06:14, por: CdB

Os erros registrados na resposta aos atentados de julho em Londres e a falta de preparo das equipes de emergência foram revelados por uma investigação divulgada, nesta segunda-feira, a respeito dos ataques, que deixaram 56 mortos, incluindo quatro terroristas.

O relatório do conselho municipal de Londres critica em particular a falta de comunicação entre os serviços de emergência, assim como a falta de planejamento para socorrer e retirar os feridos dos ataques contra o sistema de transportes londrinos.

O elemento mais inquietante na resposta aos atentados de 7 de julho do ano passado, que deixaram 700 feridos, foram as graves dificuldades de comunicação entre os diferentes serviços, destaca o texto, que pede uma revisão completa dos procedimentos de emergência.

O documento, que homenageia a ação de várias pessoas anônimas, ressalta que os serviços de ambulância e da polícia foram muito dependentes dos telefones celulares, sobrecarregados, ao invés de utilizar rádios.

A ausência de uma rede de comunicações de emergência sob a superfície é também inaceitável, afirmou Richard Barnes, membro conservador do conselho municipal, que presidiu a investigação.

O relatório também critica a falta de coordenação entre os serviços de segurança, pois cada um deles emitiu um alerta, sem citar os demais serviços.

O documento, que não acusa ninguém em particular pelos erros cometidos, aponta ainda as falhas nos serviços de ambulâncias e no serviço público de saúde.

Os motoristas de ambulância foram incapazes de estabelecer uma comunicação com os postos de controle depois que o sistema de telefonia móvel ficou paralisado. A falta de coordenação fez com que os feridos fossem levados para centros de emergência já saturados, ao mesmo tempo que outros permaneciam subutilizados.

- Não havia ambulâncias. Não havia médicos - afirmou uma fonte à comissão criada para investigar e apontar as lições deixadas pelas falhas na resposta aos atentados que aconteceram há 11 meses.

Em maio, o governo se recusou a iniciar uma investigação pública paralela à realizada pela justiça sobre os atentados de 7 de julho de 2005.

Dois relatórios oficiais anteriores isentaram os serviços de segurança de terem cometido erros e não terem prevenido os ataques, ao mesmo tempo que destacaram os meios limitados destes serviços para enfrentar a ameaça terrorista.

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