Exportação de pescado cresceu 2,07% em 2004

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Publicado Domingo, 23 de Janeiro de 2005 às 14:36, por: CdB

Apesar de ter sofrido uma redução no seu crescimento, principalmente pelas restrições comerciais promovida pelos Estados Unidos contra os produtores brasileiros de camarão, as exportações de pescados cresceram 2,07%, em 2004, em relação ao ano de 2003.

Descontados os números das exportações de camarão, as exportações brasileiras de pescados cresceram, no período, 19,77%. Várias missões de empresários brasileiros foram organizadas pela Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República para divulgar o peixe brasileiro no exterior.

Como resultado o impacto da ação norte-americana contra o camarão foi amenizado e os novos mercados foram abertos, principalmente na Europa. Entre os destaques das exportações estão a tilápia, a lagosta, os moluscos e os filés de pescado em geral. O Brasil também garantiu o envio à Europa da primeira carga de filé de pintado cultivado no Mato Grosso do Sul.

A sobretaxa imposta às importações do camarão pelos Estados Unidos e a falta de crédito reduziram a carcinicultura no país. Mesmo assim, o camarão fechou o ano com um resultado positivo de US$ 184,3 milhões, contra US$ 224,5 milhões, em 2003. As receitas de exportação do camarão caíram em 10% em relação ao ano anterior, passando de US$ 244,8 milhões para US$ 219,3 milhões. A alternativa encontrada pelos empresários brasileiros foi passar a vender o produto para a Europa e Ásia. Com isso, as exportações para essas regiões aumentaram aproximadamente em 20%.

As importações brasileiras passaram de US$ 202 milhões, em 2003, para US$ 252 milhões, em 2004. Ou seja, um crescimento de 24,22% que resultou na queda do superávit comercial em 17,95%. Segundo o Gerente de Projeto de Comercialização e Promoção Comercial da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap), Guilherme Hundley, o aumento nas importações confirma a tendência de melhora do interesse da população pelo pescado e mostra que o governo, por meio da Seap, está correto com sua política de incentivo ao cultivo e à melhoria da infra-estrutura da cadeia produtiva.

A expectativa do governo para 2005 é que a comercialização do camarão deve crescer pelo menos 20%. Um dos fatores que vai contribuir com esse aumento é a falta de camarão nos países asiáticos atingidos pelo tsunami no final do ano passado. Além disso, a sobretaxa de 10,4% já aplicada ao camarão brasileiro, pelos norte-americanos deve permitir a retomada das vendas àquele país, já que outros exportadores foram penalizados com sobretaxas maiores

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