Estudo diz que 16% das mulheres agredidas voltam para seus maridos

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Publicado Domingo, 06 de Fevereiro de 2005 às 16:46, por: CdB

Um estudo realizado em três Delegacia de Defesa da Mulher (DDMs) de São Paulo, utilizando 9.274 termos circunstanciados, como são registrados as ocorrências, apontou que os casos de reincidência chegam a 16%, publicou o jornal Diário de São Paulo. Segundo especialistas, a causa da repetição, em diversos casos, está ligada à decisão da própria vítima de não levar adiante o processo de punição contra o agressor.

Wânia Pasinato, autora do estudo e pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência, da USP (NEV-USP), afirmou que há casos em que mulheres registram mais de duas queixas contra o mesmo agressor. De acordo com ela:

- A partir da segunda queixa é mais comum que a mulher dê andamento ao processo contra o agressor.

Segundo Sílvia Pimentel, professora do departamento de Direito da PUC-SP e membro do Comitê Sobre a Eliminação da Discriminação da Violência Contra Mulher, da Organização das Nações Unidas, a reconciliação pode ser também um risco para a mulher.
Conforme publicado no Diário de São Paulo, os fatores que levam as mulheres, em geral, a desistirem de um eventual processo contra o companheiro agressor são vários, de acordo com especialistas. Para Sílvia, há entre as mulheres e seus agressores um laço muito forte, que dificulta qualquer ação.

- É preciso alertar a vítima de que ela tem o direito de se defender de todos os tipos de violência - diz a pesquisadora.
 

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