Estado-dragão

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Publicado Terça, 06 de Março de 2007 às 08:56, por: CdB

Estado-dragão

O Brasil é um país estranho, em que a sociedade se acomoda e não luta por seus direitos. Agora, por exemplo, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, teve a luminosa e original idéia de propor a cobrança de novas tarifas sobre exportações, sob a justificativa de aumentar a arrecadação federal. É mais uma demonstração de que o Estado-dragão continua insaciável em sua volúpia de explorar o contribuinte até a exaustão total. Enquanto não nos tirar até o último centavo, o governo de Luiz 2 não vai sossegar.

Irresponsabilidade

Depois do desabamento da marquise do Hotel Canadá, a Defesa Civil da Prefeitura do Rio de Janeiro enfim decidiu trabalhar e rapidamente anunciou que, pelo menos, 500 marquises de prédios da cidade apresentam problemas de estrutura. Pena que só tenham começado a vistoriar depois que morreram duas pessoas e outras sete ficaram feridas no desabamento em Copacabana. O pior é que os responsáveis pela fiscalização jamais serão punidos ou, ao menos, advertidos. São acontecimentos típicos de um país  em decomposição.

Esclerose

Merece comentário o alegre colóquio entre os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e de Cuba, Fidel Castro, que ironizaram a utilização do etanol como alternativa ao petróleo, aplaudida pelo resto do mundo. Entende-se que Chávez seja contra, já que a Venezuela vive de exportar petróleo, mas Fidel jamais poderia tomar a mesma posição, porque Cuba é grande produtora de cana-de-açúcar e já pediu oficialmente ao Brasil que lhe transfira a moderna tecnologia de produção de etanol. Fidel deve estar esclerosado.

Gazeta

A maioria dos estudantes do ensino médio dos Estados Unidos fica aborrecida na sala de aula todos os dias, e mais de um em cada cinco alunos pensa em abandonar a escola, de acordo com uma pesquisa da Universidade de Indiana. No Brasil, a situação é muito pior, embora ninguém pesquise o que nossos estudantes pensam sobre as escolas.

À escolha

A Escola Nacional de Magistratura incluiu, em seu banco de sentenças, um despacho do juiz Rafael Gonçalves de Paula, do Tocantins, em que mandaram libertar Rodrigues Rocha e Hagamenon Rodrigues Rocha, detidos sob acusação de furtarem duas melancias. Depois de ironizar o empenho da Promotoria em condená-los, o juiz mandou soltar os indiciados e assim justificou a sentença: "Quem quiser que escolha o motivo".  Enquanto as sentenças se  restringiram a duas melancias, realmente não há necessidade de explicações.

Monstro I

O escritor nigeriano Wole Soyinka, Prêmio Nobel de Literatura, chama a internet de "um grande monstro", que oferece possibilidades de fazer o bem, mas ao mesmo tempo é uma "enorme ameaça". Ele diz que seria capaz de premiar com um Nobel o criador da internet, mas depois o enforcaria, porque, apesar de muito inteligente, um gênio, criou um grande monstro. "Todos os políticos, intelectuais, aqueles que fazem as leis devem procurar as formas de utilizar a internet para o bem da Humanidade", adverte Soyinka.

Monstro II
 
Diante da colocação do escritor Wole Soyinka, ficamos sem saber se é boa ou ruim a notícia de que o tempo de navegação dos internautas brasileiros aumentou 18,5% no primeiro mês de 2007, em comparação a janeiro de 2006. Os usuários ativos de internet no país passaram 3 horas e 20 minutos a mais na web em relação ao começo do ano passado, anunciou o Ibope/NetRatings, que mede o mercado brasileiro de internet.

Camuflagem

As autoridades do vilarejo de Fumin, no sul da China, tomaram uma decisão que irritou os moradores do local. Para disfarçar o desmatamento de uma pedreira na montanha Laoshou, os governantes pintaram de verde a encosta, porque o gasto em tinta foi equivalente a apenas US$ 60 mil e reflorestar o local sairia muito mais caro. Acredite se

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