Eslovacos elegem hoje presidente e avaliam gestão do governo

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Publicado Sábado, 03 de Abril de 2004 às 08:11, por: CdB

 Os eslovacos vão hoje, sábado, às urnas para escolher seu presidente e avaliar a gestão do atual governo de centro-direita por meio de um referendo não vinculativo convocado pelo chefe de Estado, Rudolf Schuster, a pedido de mais de meio milhão de cidadãos, a fim de eventualmente antecipar as eleições legislativas.

A dupla consulta foi precedida pela incorporação da Eslováquia e de outros seis antigos satélites da ex-União Soviética à Otan, selada formalmente na segunda-feira em Washington e encerrada na sexta-feira com o içar das respectivas bandeiras na sede da Aliança Atlântica, em Bruxelas.

O governo de Bratislava quis se unir ontem a essas celebrações históricas, mas foi criticado pela presidência e por oposicionistas, que consideraram que a atitude representava uma violação do período de reflexão de 48 horas antes da abertura das urnas.

Schuster não participou da cerimônia. Mas o ministro de Assuntos Exteriores e candidato nestas eleições, Eduard Kukan, assistiu ao jantar de gala com a presença do corpo diplomático e de representantes do estamento militar.

As 5.862 regiões eleitorais do país eslavo abriram hoje às 07.00 horas (02.00 de Brasília). São convocados às urnas cerca de 4,2 milhões cidadãos maiores de 18 anos. Os eslovacos que estão fora do país não poderão votar.

As urnas ficarão abertas até as 22.00 horas (17.00 de Brasília). Os dados parciais da votação neste primeiro turno deverão ser divulgados de madrugada e o resultado definitivo será anunciado neste domingo.

Após o fechamento dos colégios eleitorais, alguns institutos de pesquisa divulgarão os resultados das pesquisas de boca-de-urna.

Segundo as enquetes, tudo indica que será necessária a realização de um segundo turno no dia 17 de abril para determinar o vencedor destas eleições.

As pesquisas apontam que no primeiro turno nenhum dos candidatos deve obter 50 por cento dos votos.

Onze candidatos concorrem nestas eleições presidenciais diretas, as segundas realizadas na pequena república ex- comunista. Schuster tenta se manter no cargo que ocupou nos últimos cinco anos.

De acordo com as pesquisas, os adversários de Shuster com mais chances de vencer as eleições são o ministro Kukan, o ex-primeiro-ministro Vladimir Meciar e o ex-presidente do Parlamento Ivan Gasparovic.

A eleição de Kukan, chefe da diplomacia eslovaca desde 1998 e favorito para ganhar este pleito, representaria uma confirmação das aspirações nacionais de se aproximar do ocidente num país que acabou de entrar para a Otan e será incluído no próximo mês na ampliação da União Européia.

As eleições para a presidência não têm nenhum requisito de participação para serem validadas, mas o referendo sobre a gestão do governo precisa registrar o voto de pelo menos metade dos eleitores.

Uma consulta similar foi convocada em 2000 a pedido do Movimento para uma Eslováquia Democrática (HZDS), liderado pelo ultranacionalista Meciar. No entanto, naquela oportunidade apenas 20 por cento dos eleitores votaram no referendo.

Aproximadamente 600 mil pessoas assinaram um pedido de referendo para instar o Parlamento a aprovar uma lei de eleições antecipadas contra o atual Executivo de coalizão, eleito em setembro de 2002 e integrado por democrata-cristãos, liberais e pela minoria húngara.

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