Uma coreana, sequestrada e mantida como escrava sexual por soldados japoneses durante a Segunda Guerra Mundial, exigiu nesta sexta-feira que o governo japonês peça desculpas, em uma disputa internacional sobre o destino das chamadas "mulheres para alívio".
Lee Yong-soo, que foi sequestrada por soldados japoneses quando tinha 16 anos, testemunhou em Washington no mês passado em apoio a uma resolução da Câmara dos Deputados que pede que o Japão se desculpe às "mulheres de alívio", um eufemismo para escravas sexuais durante os tempos de guerra.
- Por que o Japão tinha que levar garotas, algumas como 14 ou 15 anos, para prestar esses serviços terríveis? - disse Lee de 78 anos em uma coletiva, derramando lágrimas enquanto relembrava sua provação.
A resolução proposta despertou uma guerra de palavras nesta semana, quando a Coréia do Sul criticou o Japão pela forma como lidou com seu passado de guerra e alguns políticos japoneses negaram que o exército japonês tenha forçado mulheres à prostituição.
O Japão desculpou-se publicamente com cerca de 200 mil ex-escravas sexuais, mas Lee exige uma carta de desculpas pessoal e uma indenização do governo japonês.