Equador tem perdas de 30 milhões de dólares com greve petroleira

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Publicado Segunda, 16 de Junho de 2003 às 01:26, por: CdB

A greve mantida pelo sindicato da estatal petroleira equatoriana Petroecuador, desde a segunda-feira passada, deixou perdas de 30 milhões de dólares. , informou neste domingo o Governo. - Até agora, o país perdeu mais de 30 milhões de dólares e, se a medida continuar ou se aprofundar, pode perder muito mais - disse numa nota à imprensa o assessor presidencial Polibio Córdoba. Ele acrescentou que a greve pode ter uma "grave incidência na economia nacional que, como nunca, precisa entrar em uma urgente recuperação e reativação". O assessor presidencial, que até o ano passado era diretor do Instituto de Pesquisa Cedatos/Gallup, afirmou que as estatísticas de opinião demonstram claramente a oposição da maioria da população à greve petroleira, principalmente pela escassez de gasolina em algumas cidades. Polibio Córdoba criticou os grevistas, porque ocuparam as instalações petroleiras estatais como medida de pressão a suas "exigências exageradas". O sindicato da estatal Petroecuador se opõe à suposta intenção de privatizar a indústria e negou que a greve esteja ligada à exigência de melhorias salariais, como disse o Governo. Os grevistas também exigem a destituição do ministro da Energia, Carlos Arboleda, e rejeitam os contratos de participação com empresas privadas para que operem os campos de produção de petróleo que pertencem à Petroecuador. Segundo Córdoba, uma pesquisa divulgada pelo Cedatos/Gallup garante que 79 por cento dos equatorianos se sentem afetados pela paralisação e pelo desabastecimento de combustível. A enquete, com margem de erro de 2,7 por cento, foi feita em nove cidades com 1.236 pessoas. Destas, 62 por cento se pronunciaram a favor da continuação de Arboleda à frente do Ministério da Energia, enquanto que 31 por cento acreditam que ele deve renunciar ao cargo. De acordo com o Cedatos/Gallup, 58 por cento dos entrevistados estariam dispostos a participar de manifestações contra a greve petroleira.

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