Equador chama Embaixadora em Londres, Assange espera resposta

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Publicado Segunda, 25 de Junho de 2012 às 11:37, por: CdB

O governo do equador chamou para consultas sua embaixadora em Londres, Ana Albán, para que explique a situação atual do jornalista australiano Julian Assange, quem espera uma resposta à sua solicitação de asilo político. Albán, segundo o chanceler Ricardo Patiño, receberá instruções diretas do Presidente da República sobre os próximos passos a dar neste caso, logo que Assange pediu refúgio neste país sul-americano em Londres.

Na terça-feira passada, o fundador da Wikileaks argumentou seu pedido nos temores a ser extraditado para os Estados Unidos desde a Suécia, onde é reclamado pela justiça por denúncias de supostos delitos sexuais.

Orlando Pérez, diretor do diário El Telégrafo, assinalou em uma entrevista que duas razões haviam levado o jornalista a pedir ajuda ao Equador, uma delas é sua convicção de que o país não negociará seu caso com os Estados Unidos.

A segunda, opinou, é a posição nacional sobre o que é a soberania e o respeito às liberdades do ser humano, unido à reação oficial sobre os quase 1.500 telegramas diplomáticos difundidos pela Wikileaks e publicados aqui.

Uma dessas notas diplomáticas provocou a expulsão do Equador da embaixadora estadunidense em abril de 2011.

Com relação ao manejo do tema de Assange em certa imprensa nacional, Pérez opinou que existe fobia à concessão do asilo político, sob a tese de que ele está sendo acusado de delitos sexuais, mas não explicam de forma adequada como foi implementada essa acusação.

Por outra parte, assegurou que neste momento Assange constitui uma figura política que coincide com a posição do mandatário Rafael Correa e ele levanta a imagem dos dois, o qual não convém a estes meios.

Em sua opinião, é bom o que está acontecendo porque ao mesmo tempo revela com mais transparência um processo equatoriano muito mais autêntico e original, com muitos elementos que fortalecem a região como produtora de ideias generosas, criativas, renovadoras e muito firmes.

Afirmou que a vida do fundador da Wikileaks corre riscos, já que poderia ser levado aos Estados Unidos para ser acusado provavelmente de espionagem e violação de documentos de segurança e condenado à pena de morte.

Enquanto às consequências da chegada ao Equador, assegurou que praticamente Wikileaks passaria a ter sua sede em Quito e isso, assegura o periódico estadunidense Washington Post, criaria problemas com os Estados Unidos.

"Quer dizer, o cuco e o fantasma para que não toquemos nem molestemos ao império”, comentou, e qualificou Assange como um homem autêntico e original por ter movido o mundo sem formar uma guerrilha, sem lançar-se a eleições e sem disparar um só tiro.

A notícia é da Prensa Latina

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