Empresas aéreas apostam que não haverá greve

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Publicado Quarta, 22 de Dezembro de 2010 às 08:33, por: CdB
Mesmo que não haja greve dos aeronautas e aeroviários, os passageiros deverão encontrar problemas nos aeroportos do País, segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas. Os representantes dos trabalhadores dizem que as empresas aéreas já venderam mais assentos do que comporta a estrutura aeroportuária brasileira. Mesmo com o fracasso das negociações, as empresas aéreas ainda apostam que a greve desta quinta-feira, antevéspera do Natal, não vai ocorrer. O consultor do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea), Odilon Junqueira, disse que haverá negociação com os trabalhadores. – Não se pode deixar a sociedade refém de uma negociação como essa. Não há o menor cabimento em fazer uma greve no dia 23 de dezembro. Segundo ele, as companhias aéreas apresentaram uma proposta nova de reajuste de 6,5%. – As empresas, preocupadas com a situação, fizeram a proposta de mudar a data-base para maio, com isso aeronautas e aeroviários teriam um novo reajuste com a variação integral do INPC [Índice Nacional de Preços ao Consumidor], assegurado a partir de 1º de maio. Essa é a posição final das empresas. Junqueira garantiu que as empresas estão dispostas a negociar. – Temos a convicção de que nossos funcionários não farão uma paralisação na véspera do Natal, seria uma atitude completamente sem sentido. O Snea continua aberto a negociações e achamos que não é bom para ninguém uma greve no Natal. Para o procurador-geral do Ministério Público do Trabalho, Otávio Brito Lopes, a reunião desta terça-feira mostrou uma “boa vontade” das partes em chegar a um acordo. – Há um distanciamento muito grande entre as propostas, tanto das empresas, quanto dos trabalhadores. A posição do Ministério Público é aguardar os acontecimentos e, ocorrendo a greve, a principal preocupação é com a sociedade e como ela será atendida. De acordo com Lopes, o Ministério Público vai acompanhar o movimento grevista para garantir a legalidade da paralisação. – Caso ocorra a necessidade de julgamento de alguma medida cautelar, o Ministério Público estará de plantão e o Tribunal Superior do Trabalho, que julga o movimento, tem sempre um ministro de plantão. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que não participou da reunião, informou que a questão salarial não é de competência da agência. No entanto, a Anac analisa os planos de contingência que as empresas aéreas entregaram para o caso de haver greve nesta quinta-feira.
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