Empresas advertem Bush sobre conseqüências do efeito estufa

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Publicado Sexta, 19 de Janeiro de 2007 às 11:02, por: CdB

Grandes corporações estão aderindo a grupos ambientalistas para pressionar o presidente norte-americano, George W. Bush, e o Congresso dos Estados Unidos a tratarem com mais rapidez da questão da mudança climática, segundo reportagens publicadas nesta sexta-feira. A coalizão, que inclui a Alcoa, a General Electric, a DuPont e a Duke Energy pretende divulgar suas recomendações, nesta segunda-feira, um dia antes do discurso anual Estado da União feito pelo presidente, informou o Wall Street Journal, em sua edição desta sexta-feira.

O grupo é formado também por Caterpillar, PG&E, FPL Group, PNM Resources, BP e Lehman Brothers, segundo publicou o New York Times, também nesta sexta. O grupo, conhecido como Parceria de Ação Climática dos EUA, pedirá um limite nacional firme para emissões de dióxido de carbono, que levará a reduções de entre 10% a 30% nos próximos 15 anos, afirmou o NYT. O Wall Street Journal publicou que o grupo vai desencorajar a construção de usinas de energia convencionais a carvão. A diversidade da coalizão pode ser um sinal de que o mundo dos negócios quer preparar-se para o crescente clima político para o controle federal das emissões, em parte para proteger seus interesses a longo prazo, disse o Times.

Dirigentes das empresas citadas não estavam imediatamente disponíveis para comentar o assunto. No discurso na próxima semana, Bush deverá apoiar um grande aumento no uso de etanol nos EUA e tratar um pouco da mudança climática, disseram fontes próximas da Casa Branca. Na terça-feira, a Casa Branca confirmou que o discurso vai ressaltar uma política sobre aquecimento global, mas disse que Bush não abriu mão de sua oposição a limites obrigatórios para as emissões de gases que causam o efeito estufa.

O Protocolo de Kyoto é o único pacto global que obriga os signatários a cortarem as emissões de dióxido de carbono, mas EUA, China e Índia não fazem parte. O protocolo expira em 2012. As notícias sobre a coalizão aparecem no momento em que diversos governos e grupos estão dando mais atenção para a política ambiental global. O aquecimento da Terra entrou para o centro da política exterior européia, disse na quinta-feira o principal diplomata da União Européia.

Na segunda-feira, um encontro de líderes asiáticos prometeu incentivar o uso mais eficiente de energia para ajudar a conter o aquecimento global. Um encontro entre UE e EUA em abril deverá focalizar a segurança de energia. A cúpula do Grupo dos 8, em junho, também vai tratar de energia e clima. A maioria dos cientistas concorda que as temperaturas vão subir entre 2 e 6 graus centígrados neste século, principalmente por causa das crescentes emissões de carbono geradas com a queima de combustíveis fósseis para energia e transporte.

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