Em visita à China, Bush pede mais liberdade social e política

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Publicado Domingo, 20 de Novembro de 2005 às 11:59, por: CdB

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, pediu ao governo chinês que garanta maior liberdade social, política e religiosa aos cidadãos do país. O dirigente norte-americano reuniu-se com o presidente da China, Hu Jintao, em Pequim, neste domingo. O principal item na pauta da reunião foi o comércio entre os dois países.

Pela manhã, Bush iniciou a viagem oficial ao país com uma visita a uma das poucas igrejas cristãs que funcionam legalmente na capital chinesa. Ele foi acompanhado pela mulher Laura à Igreja Gangwashi, e escreveu no livro de convidados: "que Deus abençoe os cristãos da China". De acordo com um representante da Casa Branca, com a visita, o presidente dos EUA, que é evangélico, procurou mostrar seu apoio à liberdade religiosa na China.

O encontro dos dois líderes aconteceu no Congresso Nacional do Povo, em Pequim, em um momento de tensão comercial, pois a indústria americana teme o impacto das crescentes importações baratas da China. Hu Jintao disse que ambos expressaram a vontade de "darem as mãos para atingir, gradualmente, um equilíbrio na balança comercial" entre os dois países.
- Os atritos e problemas que podem surgir neste rápido desenvolvimento do comércio bilateral devem ser tratados apropriadamente, em consultas mútuas, afirmou.
Ele também prometeu acelerar o ajuste da moeda chinesa. Washington diz que o yuan está desvalorizado, o que impulsiona as exportações chinesas e prejudica indústrias locais nos países importadores. Antes das conversas, um assessor do governo dos EUA informou que a China irá comprar da empresa americana Boeing um total de 70 aviões 737, em uma operação avaliada em mais de US$ 4 bilhões. O negócio poderia ser interpretado como uma tentativa chinesa de reverter a frustração americana com a balança comercial entre os dois países, que neste ano deve dar a China um superávit de US$ 200 bilhões.

Durante a visita que fez ao Japão, antes, Bush já havia pedido que a China permitisse mais liberdade à sua população. Ele havia citado Taiwan, considerado por Pequim uma província rebelde, como exemplo bem-sucedido de transição da "repressão para a democracia". Um porta-voz do governo chinês, entretanto, disse que os chineses "disfrutam de todas as formas de democracia e liberdade previstas na lei". George W. Bush está próximo de concluir sua viagem pela Ásia. Na segunda-feira, ele viaja para a Mongólia.

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