O ministro egípcio de Exteriores, Ahmed Maher, pediu a Israel que adote medidas “que mostrem sua boa intenção”, uma vez que os grupos palestinos anunciam uma trégua para a cessação das ações militares contra o Estado judeu.
Maher, citado neste domingo pelos meios de comunicação egípcios, insistiu em que “qualquer iniciativa palestino-árabe deve ser respondida por um passo similar por parte de Israel”.
– Não é lógico que os passos positivos dados pelos palestinos sejam respondidos por medidas israelenses que dificultem e compliquem as coisas – acrescentou o ministro egípcio, cujo país desempenhou um importante papel mediador para alcançar a trégua.
Referia-se assim à necessidade de que o Estado judeu detenha, sobretudo, a política de “assassinatos seletivos” contra líderes de facções anti-israelenses, e cumpra com suas obrigações no plano de paz Mapa de Caminho.
As facções palestinas tinham previsto anunciar um cessar-fogo por três meses às 05h de Brasília deste domingo, mas o anúncio oficial foi adiado 24 horas devido a problemas em sua redação final, disse o ministro de Assuntos do Gabinete palestino, Yasser Abed Rabbo.
Segundo informações procedentes de Ramala, os grupos palestinos Hamas e a Jihad Islâmica se negam a que o Mapa de Caminho, ao qual se opõem, seja mencionado no anúncio oficial da trégua, como propõe o movimento Al-Fatah, de Yasser Arafat.
Apesar de tudo, Maher expressou seu otimismo com respeito aos esforços positivos feitos para se conseguir a trégua, e confiou em que o anúncio oficial “acontecerá em breve”.
– O objetivo agora é aplicar o Mapa de Caminho e estabelecer um estado palestino – em 2005, segundo o plano de paz, acrescentou o chefe da diplomacia egípcia.
Maher considera que a prevista retirada israelense de Gaza e Belém é um primeiro passo para a retirada em ordem de tropas de Israel de todas as terras palestinas.