"Educação chilena é vista como um bem de consumo"

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Publicado Domingo, 04 de Setembro de 2011 às 15:17, por: CdB

Ricardo Godoy, formado em Ciências Políticas pela Universidade Diego Portales e aluno de mestrado em Opinião Pública, explica que a mobilizações no país não é uma luta particular contra o governo Piñera, mas “um processo de luta contra um modelo educativo de lógica mercantil”. Por trás do processo estaria a máxima que visa reduzir o papel do Estado ao mínimo.

Para o jovem de 26 anos, um dos que ganharam as ruas nos últimos meses em protesto ao sistema, o modelo educacional chileno é um legado da ditadura Pinochet, que foi “aprimorado e legitimado” sob os anos de Concertación (frente progressista) no poder.

Godoy cita as mobilizações estudantis de 2006, que reuniram cerca de 600 mil jovens secundaristas. “Foi a primeira grande mobilização de nossa história democrática”, avalia. Segundo o estudante chileno, algumas das questões levantadas há cinco anos ainda pontuam as mobilizações hoje no país. A incapacidade de o governo Piñera de conter os manifestantes, dada a inexistente representação da direita no movimento estudantil, é uma delas. Por outro lado, o acordo de 2006, entre governo e forças sociais, deixou aos jovens a sensação de terem sido enganados. Por fim, a total ausência sobre a qualidade da educação nas universidades veio à tona, neste ano.

“A educação no Chile reproduz as desigualdades”, afirma Godoy. Daí os estudantes chilenos terem conquistado cada vez mais o apoio da sociedade chilena para suas bandeiras. Em entrevista a este blog, o jovem procura explicar o que está em jogo no Chile.

Qual a sua avaliação da educação chilena?

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