Duas pessoas morrem em nova onda de Sars no Canadá

As autoridades sanitárias do Canadá confirmaram neste domingo a morte de mais duas pessoas na cidade de Toronto, em conseqüência da nova onda da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars, na sigla em inglês). Desde que a pneumonia atípica reapareceu em Toronto, há duas semanas, seis pessoas morreram. Segundo os agentes de saúde canadenses, mais de 170 pessoas estão internadas com suspeita de estarem contaminadas pelo vírus da Sars. No último sábado, um estudante de medicina que trabalha no hospital em que a nova onda de Sars apareceu foi internado em Toronto por suspeitas de portar o vírus horas depois de ter auxiliado no parto de gêmeos. Bebês Ele havia sido liberado da quarentena no início da semana, mas apresentou os sintomas da doença depois de entrar em contato com vários bebês. Cinco mulheres – quatro delas com seus filhos recém-nascidos – estão internadas com suspeitas de Sars no hospital de Toronto em que a segunda onda de Sars surgiu. O caso do estudante canadense acendeu outra polêmica sobre o tratamento que vem sendo dado à doença, já que ele teria apresentado os sintomas da síndrome 12 dias depois de ter sido exposto ao vírus. Atualmente, as autoridades sanitárias sustentam que uma quarentena de dez dias é mais que suficiente. Toronto é a cidade com o maior número de casos da pneumonia atípica fora da Ásia, onde se acredita que a doença tenha surgido, e já registrou 33 mortes desde o aparecimento da doença. Lista negra No mês passado, Toronto reentrou na lista elaborada da Organização Mundial da Saúde (OMS) de cidades afetadas pela Sars, depois que oito novos casos prováveis e 26 pessoas suspeitas de contaminação foram registrados. Apesar das novas mortes no Canadá, a OMS considera que o auge da epidemia de Sars já tenha passado. Na semana passada, o representante da OMS para a China, Henk Bekedam, disse acreditar que o pior já passou – tanto na China quanto no resto do mundo. No entanto, Bekedam fez um apelo às autoridades de saúde em todo mundo para que continuem atentas à doença. Ele citou justamente como exemplo o caso do Canadá, que após ter aparentemente se livrado da Sars, enfrenta essa onda de infecções. - Creio que o desafio agora é eliminar a Sars como uma ameaça à saúde pública - disse o funcionário da OMS.