Dólar fecha na maior cotação desde as eleições

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Publicado Terça, 28 de Janeiro de 2003 às 16:50, por: CdB

O dólar comercial fechou no maior valor do ano nesta terça-feira. A moeda norte-americana encerrou o dia vendida por R$ 3,64 (compra a R$ 3,635) pela taxa do Banco Central. A alta em relação ao valor do fechamento de segunda é de 0,44%. O Ibovespa - principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo - fechou em queda de 0,19%. A expectativa pelo discurso que o presidente dos EUA, George W. Bush, fará na noite de hoje levou a maioria dos investidores a evitar fechar negócios nesta terça-feira. Com isso, o dólar oscilou bastante por uma faixa estreita de cotações e encerrou o dia em alta de 0,49%, a R$ 3,64 para venda e R$ 3,635 para compra. Apesar da tranquilidade do dia, entretanto, essa é a maior cotação da moeda norte-americana desde os R$ 3,74 de 13 de dezembro. Há expectativa de que Bush use o discurso de hoje para defender a posição norte-americana diante do Iraque, ao qual acusa de manter armas de destruição em massa. O temor dos analistas financeiros é que uma guerra no Iraque, localizado em uma das regiões mais ricas em petróleo do mundo, eleve os preços do produto e impeça a recuperação econômica mundial. As tensões entre EUA e Iraque vêm monopolizando as preocupações do mercado desde o último dia 16, quando foram encontradas ogivas químicas vazias em território iraquiano. Diante da perspectiva de guerra, cresce a aversão ao risco e os investidores estrangeiros passam a deixar mercados emergentes como o Brasil, enquanto os investidores locais preferem manter dólares a reais em seus caixas. Entretanto, segundo operadores, as notícias domésticas são positivas e inibem parte do impulso comprador de dólares dos investidores. Hoje, o Banco Central renovou 54,4% do limite de rolagem de uma dívida cambial de US$ 1,83 bilhão que vence no dia 3 e mais US$ 300 milhões em linhas externas que expiram na próxima semana, evitando uma maior redução da liquidez do mercado e tranquilizando os investidores. A rolagem da dívida cambial hoje foi a primeira feita sob condições adversas na gestão de Henrique Meirelles no BC, iniciada no último dia 7.

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