Dólar em queda há seis dias consecutivos

Arquivado em:
Publicado Quinta, 09 de Outubro de 2003 às 14:28, por: CdB

A continuidade do fluxo favorável de recursos aliou-se a rumores mais intensos de uma nova emissão soberana e fez o dólar cair pelo sexto dia seguido nesta quinta-feira. A moeda norte-americana encerrou a R$ 2,833, em baixa de 0,49% sobre o fechamento anterior. O risco Brasil medido pelo JP Morgan caiu 18 pontos-básicos, para 598 pontos-básicos sobre os títulos do Tesouro norte-americano.   

Segundo operadores, a expectativa de uma melhora no rating do país pelas agências de classificação de risco ainda reverberaram nesta sessão -o que contribuiu para a queda da divisa, apesar do baixo volume de negócios.

"Há boatos no mercado de que o Brasil estaria preparando uma nova emissão de cerca de 1 bilhão em euros e com prazo de 10 anos", disse Jorge Kattar, operador de câmbio do Rabobank.

Segundo Kattar, esse foi o fator principal para a queda do dólar nesta sessão. A divisa iniciou o dia praticamente estável e, em meio a ajustes de posições, chegou a subir 0,46 por cento. Mas a ampliação dos rumores levou a moeda a recuar.

O diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros, acrescentou que os ingressos de recursos também ajudaram. "E contra fluxo não há argumentos", afirmou.

"Além disso ainda continua a possibilidade de uma reclassificação do nosso risco, que hoje já foi para (a faixa de) 500 pontos-básicos e essa história de emissão é consequência disso. Uma coisa leva a outra", explicou.

Comentários sobre uma possível elevação do rating brasileiro já eram citados por operadores recentemente e ganharam força nesta semana com a visita do diretor de Política Monetária do Banco Central, Luiz Augusto Candiota, a agências de classificação em Nova York e com a elevação da nota da Rússia para "investment grade" pela Moody's.

No vermelho

A Bolsa de Valores de São Paulo interrompeu um ciclo de seis altas e encerrou em baixa nesta quinta-feira, com investidores embolsando parte dos lucros acumulados. Após uma sessão de muito sobe-e-desce, o Ibovespa cedeu 0,77%, para 17.667 pontos. Na máxima do dia, o indicador avançou 1,43% - quando atingiu 18.060 pontos - e na mínima caiu 1,41%.

O volume financeiro foi de R$ 1,310 bilhão, mantendo forte média diária para o mês de outubro. A bolsa também superou a marca histórica de negócios em um único pregão, segundo dados da Bovespa.

No final da manhã, a intensificação dos rumores de que o Brasil estaria prestes a captar no mercado internacional impulsionou a bolsa paulista, juntamente com a alta das bolsas norte-americanas. Ao longo da tarde, entretanto, Wall Street e a Bovespa perderam força.

Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo