O dólar comercial abriu em leve alta nesta quinta-feira. Às 9h22, a moeda norte-americana subia 0,10% em relação ao fechamento de ontem, cotada a R$ 2,832 para compra e R$ 2,842 para venda. As empresas privadas podem aproveitar o rastro da emissão soberana, anunciada ontem pelo Banco Central (BC), e acelerarem os processos de captação e rolagem de dívida no exterior.
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A melhora de percepção dos investidores estrangeiros em relação ao Brasil fez com que o prêmio pago pelo governo brasileiro na operação de US$ 1,5 bilhão recuasse. Em menos de um mês, o governo brasileiro conseguiu reduzir em 1,21 ponto percentual o retorno pago ao investidor. Na emissão de ontem, a remuneração foi de 9,45%, contra 10,66% da captação feita em setembro.
Segundo comentou-se no mercado a demanda para a operação superou a oferta, o que teria feito o governo optar por um volume de US$ 1,5 bilhão - US$ 500 milhões acima do que se estimava até a véspera da operação.
Esses dólares não passam pelo mercado, pois entram direto na conta de reservas do BC, mas tranquilizam o mercado que assistem a autoridade monetária recompondo o estoque. Atualmente, as reservas internacionais somam US$ 52,8 bilhões, mas boa parte desse recurso refere-se a dinheiro emprestado do Fundo Monetário Internacional e outros organismos multilaterais.
Essa tranqüilidade em relação ao fluxo de recursos para o País reduziu a necessidade por proteção cambial. Ontem, o BC resgatou integralmente uma dívida de US$ 1,135 bilhão junto aos participantes do mercado. A expectativa é de que a estratégia seja repetida no próximo dia três de novembro quando vencem US$ 1,5 bilhão.
O dólar comercial chegou ao final dos negócios desta quarta-feira em alta de 0,35% em relação ao fechamento de terça, cotado a R$ 2,837 para compra e a R$ 2,84 para venda.