Dilma elogia esforço de Haddad para "deselitizar" ensino superior

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Publicado Terça, 24 de Janeiro de 2012 às 13:01, por: CdB
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A cerimônia que celebrou a concessão de um milhão de bolsas pelo Programa Universidade para Todos (ProUni), na segunda, em Brasília, marcou também a despedida de Fernando Haddad do Ministério da Educação — que deixa o governo para disputar a Prefeitura de São Paulo. Além dos depoimentos de alunos que se beneficiaram pelo ProUni, Haddad recebeu o apoio da presidente Dilma Rousseff e de lideranças partidárias. A presidente elogiou a atuação do Haddad à frente da pasta e reforçou que o Enem é a forma mais democrática de acesso dos jovens ao ensino universitário. “O Enem é um exemplo de determinação do ministro Fernando Haddad no sentido de assegurar uma transformação e a 'deselitização' do ensino universitário do nosso país”. Em seu pronunciamento, Haddad ressaltou que as políticas educacionais federais foram marcadas pelo aumento de escala no primeiro ano do governo Dilma. “É uma gestão, até pela minha permanência, de continuidade, embora a presidente já tenha estabelecido algumas marcas importantes. A principal delas é o ganho de escala na educação infantil, no ensino técnico e na pós-graduação. Nas outras áreas da educação o ritmo será mantido”. O ministro lembrou ainda as reformas na educação básica e profissional. E agradeceu o apoio do Congresso Nacional. “É um conjunto de realizações. Nós aprovamos duas emendas constitucionais e mais de 50 projetos de lei no Congresso, porque havia uma compreensão de que a educação deveria se tornar política de Estado. E o setor privado soube reconhecer no Prouni uma alavanca de inclusão”, disse. ProUni Completando oito anos em 2012, o ProUni é considerado um avanço na política de educação e um dos principais instrumentos de distribuição de renda no país. “Com a educação você constrói um modelo de desenvolvimento sustentável para o país. A gente mede uma sociedade pelo grau de oportunidades que ele oferece aos seus jovens”, disse a presidente. A presidente também destacou o Programa Ciência sem Fronteira, que concede bolsas de pós-graduação a estudantes e pesquisadores brasileiros nas áreas de tecnologia, engenharia e médica para estudar nas melhores universidades do exterior. “Tenho certeza de que (o programa) significará um salto para milhares de jovens. Já são 28 mil inscritos”. O próximo desafio na área da educação, segundo Dilma, é a implementação do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). “Colocar em operação esse programa é um grande desafio. Talvez seja um dos mais complexos que estão pela frente”. Chico Lopes O deputado Chico Lopes (PCdoB-CE) — autor de emenda que incluiu na lei do piso nacional do magistério o direito dos professores a um terço da carga horária para atividades extra-sala — afirmou que Haddad foi um ministro com “responsabilidade pela condução da educação”. “Na gestão dele tivemos a conquista histórica do piso salarial nacional dos professores, uma imensa vitória da categoria, que agora lutamos para fazer valer, na prática, em todo o Brasil”. O parlamentar comunista — que também é responsável pela emenda à lei do Fies, que possibilita que estudantes financiem até 100% do valor de um curso superior — disse que o governo federal também fez uma gestão histórica quanto à expansão do ensino tecnológico e das universidades, democratizando a forma de acesso. “A universidade, que antes era o sonho da elite ou quando muito da classe média, hoje tem um modo de ingresso mais justo, com uma avaliação nacional. E também é realidade para o filho do pobre, do empregado, do operário, com o ProUni e o Fies”. Cerimônia de posse Nesta terça-feira, Dilma dá posse, no Palácio do Planalto, a dois novos ministros – da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação. Titular do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, deixa o cargo para assumir a Educação. No lugar de Mercadante, assume o físico Marco Antonio Raupp, que comanda atualmente a Agência Espacial Brasileira (AEB). A cerimônia de posse no Planalto marca o começo de alterações na equipe ministerial do governo da presidente Dilma. Alguns ministros sinalizaram que pretendem abrir mão dos atuais cargos em 2012 para concorrer às eleições municipais. A expectativa é que a ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes, também deixe o cargo. Ela se prepara para disputar as eleições à prefeitura de Vitória, no Espírito Santo, pelo PT.
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