Defesa do real está entre as prioridades do novo governo

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Publicado Sábado, 01 de Janeiro de 2011 às 16:58, por: CdB
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A presidenta eleita Dilma Rousseff planeja medidas agressivas, como aumento de tarifas e redução de impostos, para lidar com os prejuízos que o real valorizado causa a empresas manufatureiras. A força do real, que é uma das moedas mais sobrevalorizadas do mundo, foi a principal questão econômica nas reuniões recentes de Dilma com conselheiros antes da posse em 1º de janeiro, disseram fontes próximas ao futuro governo. – Há uma preocupação aguda sobre o câmbio. Nós estávamos esperando que a situação melhorasse antes (da posse), mas não há sinais disso ... e nós percebemos que precisamos agir rápido – disse uma autoridade sênior do governo de Dilma, falando em condição de anonimato. O real subiu 11% contra o dólar desde maio, e acumula alta de mais de 100% desde 2003, com a forte expansão da economia brasileira e as elevadas taxas de juros atraindo enormes fluxos de capital dos países desenvolvido. Taxas de câmbio sobrevalorizadas têm sido um problema em toda a América Latina e no mundo em desenvolvimento, em parte devido aos desequilíbrios restantes da crise financeira de 2008 e 2009. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, alertou sobre uma "guerra cambial", enquanto países como Estados Unidos e China tentam deprimir o valor de suas moedas e tomam outras medidas para impulsionar a produção e as exportações locais. Como exemplo do tipo de medida que Dilma adotaria para aliviar os problemas gerados pelo real forte, fontes citaram a decisão tomada nesta semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para aumentar as tarifas sobre 14 tipos de brinquedos importados, de 20 para 35 por cento. – Você verá mais medidas nessa linha (das tarifas sobre brinquedos) nos próximos meses..., sempre respeitando nossas obrigações internacionais (sob acordos comerciais). A defesa comercial é legítima – disse a autoridade sênior, sem especificar setores. A decisão de Lula é permitida sob as regras internacionais de comércio por causa das provisões que permitem que o Brasil proteja a indústria doméstica, disse uma autoridade do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
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