Decisão do PPB inviabiliza aliança com Serra

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Publicado Quarta, 24 de Abril de 2002 às 18:02, por: CdB

Contrariando expectativas de que seria o maior beneficiado da verticalização das coligações partidárias, o pré-candidato do PSDB à presidência da República, senador José Serra (SP) sofreu hoje o primeiro prejuízo causado pela nova regra. O PSDB não conseguirá coligar-se com o PPB, que inviabilizou uma aliança com os tucanos na corrida presidencial durante reunião hoje dos diretórios estaduais. No encontro, prevaleceu a tese de que uma coligação só poderá ocorrer se for uma posição unânime dentro do partido e, como nenhum candidato presidencial tem consenso, o PPB preferiu liberar seus filiados. "Na prática, isso inviabiliza um acordo com Serra e cada diretório estadual fará sua opção", disse o deputado Ricardo Barros (PPB-PR), aliado do Palácio do Planalto. Sem consenso em torno do nome de Serra, que tem como principal opositor o presidente do partido, Paulo Maluf, o grupo do PPB aliado ao governo ficou sem força política e desistiu de brigar por uma coligação com o PSDB. "Teríamos dificuldades na convenção e seria um custo muito alto para o partido", concluiu Barros. A decisão do PPB fortalece a posição de Maluf, apesar de a moção para liberar o partido tenha partido do deputado Francisco Dornelles (PPB-MG), da ala governista. Com a decisão do PPB, o senador José Serra terá de negociar apoios nos Estados para atrair setores do partido à sua candidatura. A mesma estratégia vem sendo feita pelo tucano no PFL que, a exemplo do PPB, tende a liberar as bancadas na sucessão presidencial. Mesmo sem apoio formal no plano nacional, Serra está trabalhando para obter apoio do PFL nos Estados e garantir seus palanques nas composições para as eleições de governadores.

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