Os dados da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2012, do IBGE , mostram um cenário estimulante para o Brasil. E também, claro, servem para guiar o país a avançar mais no quadro socioeconômico.
De acordo com os dados, o Brasil atingiu em 2011 sua menor desigualdade de renda em 30 anos. Em 1981, o chamado coeficiente de Gini era de 0,583. Agora, é de 0,508. Quanto menor, melhor. A desigualdade ainda é grande no país, mas estamos caminhando na direção correta. Houve redução na renda dos 20% mais ricos, de 63,7% para 57,7% entre 2001 a 2011.
A geração de empregos traz mais renda e menor desigualdade. Quando se criam empregos, aumentam-se o salário mínimo e os salários em geral frente à inflação.
A renda dos 20% mais pobres subiu de 2,6% para 3,5% na última década. Para os pesquisadores do IBGE, a hipótese mais provável para explicar o aumento na parcela mais pobre é a expansão dos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada.
De fato, quando se redistribui renda via programas sociais e garantem-se uma rede de proteção social, saúde e uma previdência universal – políticas básicas dos governos Lula e Dilma, compromisso histórico do PT e base do nosso projeto de desenvolvimento nacional –, os reflexos desse modelo aparecem também na Educação.
Apesar dos problemas na progressão, na evasão escolar e na qualidade, que precisam ser enfrentados urgentemente ate 2020, os avanços são significativos. Inclusive entre negros e pardos, embora haja lentidão dos avanços. Esse quadro justifica e fortalece a necessidade de políticas afirmativas, como no caso da diferença salarial entre homens e mulheres.
A pesquisa mostra que se avançou mais na redução da desigualdade de raça que na de gênero. Em 2001, as mulheres ganhavam 69% dos homens; e, em 2011, 73,3%. Os pretos e pardos passaram de 50,5% do rendimento dos brancos para 60%.
O grande desafio dos próximos anos é a incorporação de tecnologia e inovação para criar mais e melhores empregos, com salários médios superiores, fazer avançar a educação, reduzir a desigualdade entre homens e mulheres e brancos e negros. Além de universalizar a educação infantil – que vem crescendo aceleradamente – e a média, ampliar a universitária e sustentar um programa em marcha acelerada em ciência e tecnologia.