O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), João Felício, disse nesta segunda-feira, que o nível de emprego vai continuar caindo neste semestre, e deve se aprofundar ainda mais na primeira metade do próximo ano. “Historicamente, o segundo semestre registra maior produção em todos os setores da economia do que o primeiro. Mas se a situação já está ruim agora, deverá piorar no início de 2002”, avalia.
Segundo ele, a queda de 0,32% no nível de emprego na indústria paulista em julho – comparado a junho – já era esperada. “Sabíamos que a crise de energia afetaria o quadro de pessoal das empresas. A redução de 5.199 postos de trabalho não está fora das nossas estimativas”.
O líder sindical afirma que, apesar da diminuição da produção industrial, a CUT não vai assumir uma atitude defensiva em relação a salários. “Ao contrário. Vamos utilizar mais nossa força para podermos atingir o objetivo que desejamos. Não vamos nos intimidar com as crises, até porque ainda não fomos afetados pelos problemas argentinos”, diz.