Custo de vida no Rio é o que mais sobre no Brasil

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Publicado Segunda, 13 de Agosto de 2001 às 16:16, por: CdB

O Rio lidera, disparado a alta no custo de vida, segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, realizada mensalmente em dezesseis capitais brasileiras pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos), apurou, em julho. Outras oito cidades apresentaram altas. As mais expressivas, além do Rio de Janeiro (1,29%), foram João Pessoa (1,07%), Natal (0,92%) e Recife (0,87%). Mas houve reduções nos preços dos gêneros essenciais em sete localidades, entre elas, Fortaleza (-1,75%), Porto Alegre (-1,70%), São Paulo (-1,49%) e Belém (-1,33%). A queda nos preços dos produtos essenciais em Porto Alegre foi um pouco maior que a verificada em São Paulo, o que determinou a inversão na liderança das cidades mais caras. A capital paulista voltou, em julho, a ter a cesta de maior valor (R$ 125,68). Em seguida, apareceu Porto Alegre (R$ 125,45). A retração no preço das cestas nas duas cidades e a elevação verificada no Rio de Janeiro fizeram com que o custo da ração na capital fluminense se aproximasse dos valores das cestas das duas líderes, atingindo R$ 122,08. Quatro localidades registraram valores inferiores a R$ 100,00: Natal (R$ 99,86), Fortaleza (R$ 99,71), Recife (R$ 98,37) e Salvador (R$ 93,73). Considerando o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para a manutenção do trabalhador e de sua família, suprindo suas necessidades com alimentação, moradia, educação, transportes, saúde, higiene, vestuário, lazer e previdência social, e tomando por base o custo da ração essencial mínima mais elevado, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Assim, considerando o valor da cesta apurado em São Paulo, o salário mínimo deveria ser, em julho, de R$ 1.055,84, ou seja, 5,9 vezes o valor vigente, de R$ 180,00. Recife é a única das dezesseis capitais pesquisadas que teve variação nula no acumulado dos sete primeiros meses de 2001. As maiores variações no período ocorreram em Vitória (15,74%), Florianópolis (12,81%), Aracaju (12,32%) e João Pessoa (12,14%). Entre agosto de 2000 e julho de 2001, as variações mais expressivas no custo da cesta foram apuradas em Fortaleza (24,61%), Vitória (24,19%), Natal (20,97%) e Rio de Janeiro (20,38%). Os menores acumulados em doze meses ocorreram em Recife (7,48%) e Belém (8,17%).

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