Coréia do Norte avisa que vai reaquecer programa nuclear

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Publicado Quinta, 12 de Dezembro de 2002 às 16:24, por: CdB

Em uma medida que pode dificultar ainda mais suas relações com Washington, a Coréia do Norte anunciou que reativará imediatamente suas usinas de energia nuclear devido à decisão dos Estados Unidos, do Japão e da Coréia do Sul de suspender o fornecimento de combustível em retaliação à recente admissão norte-coreana de que possui um programa nuclear com fins militares, declarou a agência de notícias Yonhap, da Coréia do Sul. O Ministério das Relações Exteriores norte-coreano afirmou nesta quinta-feira "que seu governo dará continuidade às operações e construções de instalações nucleares necessárias para produção de eletricidade", segundo a imprensa sul-coreana. Pyongyang congelou seus reatores nucleares -- suspeitos de produzir plutônio para armas nucleares -- após fechar o Acordo de Estrutura com os Estados Unidos, em 1994. Sob esse acordo, Pyongyang comprometeu-se a abandonar seus esforços de desenvolver armas nucleares em troca da construção de reatores nucleares de água leve por um consórcio liderado pelos Estados Unidos e do fornecimento de combustível até que essas obras fossem concluídas. A Coréia do Norte afirma que o acordo não está mais em vigor porque os Estados Unidos não estão cumprindo sua parte: enviar 500 mil toneladas de combustível para a nação comunista, segundo a Agência de Notícias Central norte-coreana. As relações entre a Coréia do Norte e os Estados Unidos sempre foram tensas, mas o então presidente norte-americano Bill Clinton fez movimentos no sentido de iniciar um diálogo com o país no final de seu segundo mandato. Após sua posse, o presidente George W. Bush anunciou, no entanto, uma revisão da política para a Coréia do Norte, e posteriormente incluiu esta no que chamou de "eixo do mal", juntamente com o Irã e o Iraque, acusando os três Estados de se empenhar no desenvolvimento e na aquisição de armas de destruição em massa. Reagindo ao anúncio de Pyongyang, o presidente sul-coreano, Kim Dae-Jung, convocou uma reunião de emergência do conselho de segurança nacional, nesta quinta-feira, informou a porta-voz Park Sun-Sook.

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