Comércio de agrotóxicos piratas movimenta US$ 20 mi no Brasil

Arquivado em:
Publicado Terça, 14 de Outubro de 2003 às 16:45, por: CdB

A comercialização de agrotóxicos pirateados gera cerca de US$ 20 milhões de dólares, por ano, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Produtores para a Defesa Agrícola (Sindag). Os produtos falsificados, com origem desconhecida, entram no Brasil por meio dos países que fazem fronteira, como Paraguai e Bolívia e são utilizados por produtores rurais.

Em 2002, as multas por uso de produtos agrotóxicos, emitidas pelo Ibama, chegou a cerca de R$ 1 milhão. Neste ano, vistorias do Ibama nas regiões do Paraná e do Rio Grande do Sul geraram mais de R$ 300 mil em multas.

O presidente do Sindag, José Roberto da Ros, alerta que a compra e a utilização dos agrotóxicos pirateados é considerada crime, de acordo com a lei 9.605 de 1998. - Pode contaminar a plantação e o solo. Além disso, a utilização dos produtos pirateados acaba levando os agricultores a jogar as embalagens dos produtos em rios ou riachos, para não se comprometerem. Isso também se constitui crime  - afirma José Roberto da Ros. A aplicação dos agrotóxicos pirateados pode também trazer prejuízos à plantação, caso tenha alguma impureza desconhecida ou se for ineficiente contra as pragas.

O presidente do Sindag recomenda aos produtores agrícolas que só comprem agrotóxicos depois de consultar um engenheiro agrônomo. A compra dos produtos deve ser realizada em lojas autorizadas, com a emissão de nota fiscal. Outra orientação é verificar a embalagem e não adquirir produtos com rótulos em língua estrangeira. O valor da multa por utilização de produtos pirateados varia de R$ 500 a R$ 2 milhões, dependendo do grau da inflação.

Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo