Depois de uma temporada com muitos altos e baixos, o paulista Flávio Saretta trocou de treinador no final do ano. O ex-tenista Jaime Oncis será o novo mentor do jogador em 2006 e, juntos, decidiram começar focados nos treinamentos. Por isso, mesmo tendo ranking para disputar o Aberto da Austrália, Saretta vai jogar o Aberto de São Paulo no começo de janeiro, e jogar challengers antes do circuito latino-americano de ATPs de saibro.
O número dois do Brasil teve um final de temporada desgastante. Ao todo, foram 7 challengers seguidos, além da disputa da exibição na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. A maratona, no entanto, parece superada.
– Estava tudo esquematizado. Comecei a pré-temporada na semana passada e está tudo correndo bem, dentro do esperado – explicou.
A seqüência de jogos também fez o jogador voltar a sentir o problema que o fez abandonar a primeira partida que disputou em 2005.
– As dores nas costas voltaram a incomodar agora no final do ano, mas por causa das várias semanas seguidas de torneios – disse.
Mesmo sem subir de forma expressiva na lista da ATP, Saretta ficou satisfeito com seu desempenho.
– Consegui progresso em relação ao ano anterior e estou voltando a jogar o meu melhor tênis. A temporada de 2006 promete – argumentou.
Junto com seu treinador, Saretta não estipulou metas objetivas para 2006, como uma determinada posição no ranking ou resultados em Grand Slam.
– A meta que eu e o Jaime estipulamos é jogar. O resto será conseqüência – disse.
Atualmente na 109ª posição do ranking mundial, o tenista também falou sobre a Copa Davis e disse não se sentir ameaçado na equipe com a ascensão de Marcos Daniel.
– O Fernando Meligeni está aí para escolher quem ele achar que está melhor no momento. Vou estar sempre à disposição. Davis é uma competição que gosto muito de jogar e sempre vou me esforçar para estar dentro da equipe – afirmou.
A derrota para Pablo Cuevas no confronto com o Uruguai também não o abalou:
– Acontece. Sei que dei o meu melhor e talvez não estivesse no meu melhor dia.