Clube Militar faz debate sobre 1964, com general que contestou tortura a Dilma

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Publicado Terça, 20 de Março de 2012 às 12:53, por: CdB
Clube Militar faz debate sobre 1964, com general que contestou tortura a Dilma

Por: Vitor Nuzzi, Rede Brasil Atual

Publicado em 20/03/2012, 18:47

Última atualização às 18:47

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São Paulo – Aproximidade dos 48 anos do golpe que derrubou o presidente JoãoGoulart inspirou o Clube Militar a promover um debate com o tema“1964 – A Verdade”. Foi marcado para o próximo dia 29, às15h, no salão nobre da entidade, instalada na avenida Rio Branco,região central do Rio de Janeiro. Deve-se usar traje esporte fino.Um dos expositores será o general Luiz Eduardo Rocha Paiva, o mesmoque, no início do mês, deu entrevista ao jornal O Globopondo em dúvida se a presidenta Dilma Rousseff foi torturada equestionando a responsabilidade do Estado na morte do jornalistaVladimir Herzog, em 1975.

É provável que nãoencontre oposição entre seus companheiros de mesa. Um deles é omédico e psicanalista Heitor De Paola, articulista do blog Mídiasem Máscara e membro da ONG Terrorismo Nunca Mais. Em seu site,pode-se ver uma imagem do revolucionário argentino Che Guevara marcada por um carimbo de“liquidado”. O outro painelista é o jornalista AristótelesDrummond, que começou na carreira exatamente em 1964. Hoje, informa,apresenta programas de entrevistas na Rede Vida, é debatedor daRádio Catedral do Rio e colaborador de diversas publicações. Foiassessor do Ministério das Minas e Energia (1980-1984), diretor daLight e presidente do Conselho Fiscal da Vale, entre outros cargos.

O mediador do debateserá o advogado Ricardo Salles, presidente do Movimento EndireitaBrasil e defensor, como explica em sua página na internet, de uma“nova direita, liberal-conservadora”. Foi candidato a deputadofederal pelo PFL em 2006 e pelo DEM (nova denominação do partido)em 2010.

O debate ocorre em um contexto de críticas de militares da reserva à Comissão da Verdade. Nesta semana, o Supremo Tribunal Federal (STF) pode reabrir julgamento sobre a Lei da Anistia, de 1979. E na semana passada a Justiça Federal no Pará rejeitou denúncia do Ministério Público Federal contra o militar Sebastião Curió, por crimes cometidos durante a Guerrilha do Araguaia, nos anos 1970.

O Ministério da Defesa informou que não está tratando do assunto.

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