Cientistas mostram como ossos crescem mais durante o sono

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Publicado Terça, 01 de Fevereiro de 2005 às 16:42, por: CdB
A teoria de que as crianças crescem quando estão dormindo é provavelmente verdadeira, de acordo com pesquisadores americanos.

Cientistas da Universidade de Wisconsin colocaram sensores nos ossos das pernas de carneiros recém-nascidos e confirmaram que uma disparada no crescimento aconteceu quando os animais estavam descansando ou dormindo.

Os pesquisadores acreditam que o mesmo acontece com seres humanos, e dizem que isso pode explicar porque crianças sentem dores relacionadas ao crescimento durante a noite.

As conclusões foram publicadas no Journal of Pediatric Orthopedics.

Descanso

O comprimento do osso foi medido continuamente por sensores a cada 167 segundos, por cerca de três semanas.

Pelo menos 90% do crescimento ocorreu quando os carneiros estavam descansando ou dormindo.

"O que é realmente interessante é o fato de que os ossos cresceram apenas quando os animais estavam deitados, e quase nenhum crescimento ocorreu quando eles estavam em pé ou se movimentando", disse o pesquisador Norman Wilsman.

Os pesquisadores acreditam que quando os animais descansam, a pressão sobre os ossos envolvidos no crescimento - as placas de crescimento - é relaxada, permitindo que eles se alonguem.

"As placas de crescimento podem ser como molas que, quando se está de pé ou caminhando, são comprimidas e tensionadas", explicou.

Kenneth Noonan, que também participou da pesquisa disse: "O crescimento não é contínuo".

"Há disparadas de crescimento, o que pode ocorrer na vida diária de carneiros e possivelmente na de seres humanos também", acrescentou.

O pediatra Tom Hutchison, de Bath, disse que não está claro se esse padrão de crescimento pode ser relacionado a dores de crescimento.

"O crescimento mais rápido acontece com adolescentes, mas dores de crescimento são mais comuns em crianças de 6 a 10 anos", disse.

As crianças também podem sentir essas dores durante o dia.

"O importante é que essas dores são uma parte normal da infância, e as pessoas não devem ficar alarmadas", afirmou.

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