Chuva provoca caos e mortes em São Paulo

A forte chuva que atingiu a cidade de São Paulo entre o final da noite e a madrugada desta terça-feira dificultou a vida dos moradores da capital. Muitos trabalhadores tiveram de adiar a ida para o trabalho ou cancelar compromissos. O Corpo de Bombeiros de São Paulo registrou 13 mortes causadas pelas fortes chuvas. As cidades mais afetadas foram São Paulo, Mauá, São José dos Campos e Atibaia. Na capital, a zona leste e a zona central foram as áreas mais castigadas pelas chuvas. De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) dos 37 pontos de alagamento, 26 ficaram intransitáveis sendo oito deles na marginal Tietê. Pelo menos seis pessoas morreram na Grande São Paulo e mais sete estão desaparecidas. Durante a madrugada o Corpo de Bombeiros recebeu chamados de dezenas de pessoas ilhadas pela cidade, e o Rio Pinheiros transbordou na altura da Ponte da Cidade Universitária. Moradores do Jardim Rochdale, na divisa com Osasco, relatam que a água do Rio Tietê invadiu cerca de 50 casas, destruindo móveis e eletrodomésticos. Além de impedir a circulação de veículos de quem cruza a cidade, os alagamentos prejudicaram os motoristas que tentaram chegar à capital pelas rodovias Castelo Branco,e sistema Anhanguera/Bandeirantes e Presidente Dutra e Ayrton Senna. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrou, às 9h46, 60 quilômetros(km) de lentidão no trânsito. Número abaixo do verificado às 8h30, quando havia 86 km. No período mais crítico das chuvas durante a madrugada, o Corpo de Bombeiros chegou a receber 144 chamados. A prefeitura de São Paulo suspendeu o rodízio de carros por causa dos estragos causados pela chuva. A CET também suspendeu parte das restrições na Zona de Máxima Restrição de Caminhões (ZMRC). De acordo com números da Defesa Civil estadual, desde o início de dezembro mais de 800 pessoas ficaram desabrigadas no Estado por conta das chuvas e mais de 6 mil foram desalojadas.