China apóia entrada do Brasil no Conselho da ONU

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Publicado Quinta, 06 de Novembro de 2003 às 08:23, por: CdB

O governo chinês expressou nesta quinta-feira seu apoio à entrada do Brasil no comitê permanente do Conselho de Segurança da ONU. China e Brasil negociam um tratado de livre comércio.

- O novo comitê permanente do Conselho de Segurança deve conceder prioridade aos países em desenvolvimento - assinalou nesta quinta-feira em uma entrevista coletiva Zhang Qiyue, porta-voz do Ministério chinês de Assuntos Exteriores.

A China, que é partidária de ceder o controle sobre o trabalho de reconstrução do Iraque e do Afeganistão à ONU, apóia as teses do secretário-geral, Kofi Annan, que fez um pedido pela reforma do Conselho de Segurança em seu último discurso na Assembléia Geral.

Segundo a porta-voz, "a expansão do Conselho de Segurança é necessária e é um assunto no qual devem participar todos os membros da ONU, sem exceções".

Embora China e Índia mantenham relações tormentosas durante as últimas décadas, o governo chinês assegurou recentemente que não é contrário às intenções de Nova Délhi de entrar para fazer parte do comitê permanente do Conselho de Segurança.

Apesar dos contínuos pedidos de reforma que seguiram à celebração do 50º aniversário da fundação da ONU, o comitê permanente segue integrado por apenas cinco países com direito a veto, o que para muitos especialistas é um vestígio da Guerra Fria.

Embora não tenha chegado a opôr-se abertamente à invasão americana do Iraque, a China é partidária de solucionar as disputas internacionais no seio da Assembléia Geral das Nações Unidas.

Pequim também se mostrou aberta à modificação da estrutura do Conselho de Segurança, composto por 15 membros permanentes e não-permanentes, somando um total de 191 integrantes.

Em uma inconfundível amostra de apoio à ONU por parte da China, o primeiro astronauta chinês, Yang Liwei, mostrou juntas a bandeira nacional chinesa e a das Nações Unidas durante as 21 horas de façanha espacial com a "Shenzhou V".

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