Chávez acusa Estados Unidos de sabotarem eleições

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Publicado Sexta, 02 de Dezembro de 2005 às 08:37, por: CdB

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, fez outro ataque aos Estados Unidos, afirmando que a retirada dos partidos de oposição das eleições parlamentares do domingo é parte de uma nova conspiração do governo americano. Chávez chamou o presidente norte-americano, George W. Bush, de "senhor dos cães" e acrescentou que tinha provas que a agência secreta norte-americana, a CIA, estava elaborando um plano contra ele em vários países. Chávez reafirmou que assassinato era uma das opções sendo consideradas pelo governo americano.

Os Estados Unidos já negaram várias vezes as acusações de Chávez além de já terem negado que tenham algum papel na retirada dos partidos de oposição das eleições de domingo. Na quinta-feira, partidários do presidente venezuelano marcharam em Caracas, numa manifestação a favor das eleições. Autoridades eleitorais do país afirmam que, mesmo sem a participação dos partidos de oposição, as eleições vão ocorrer neste domingo.

E um quinto partido, o Novo Tempo, liderado pelo governador do estado de Zulia, Manuel Rosales, se retirou da disputa eleitoral, afirmando que estava preocupado com a possibilidade de fraudes. também na quinta-feira, um quarto partido se retirou das eleições, o Primeiro Justiça. Outros três partidos de oposição, Ação Democrática, Projeto Venezuela e Social Cristão, já haviam informado que se recusavam a participar das eleições para o Congresso. Os partidos de oposição temem que o organismo eleitoral possa dirigir o resultado da votação.

Funcionários do órgão eleitoral negam as acusações e dizem que a eleição para as 167 cadeiras do Congresso ocorrerão como planejado. O líder do principal partido de oposição, Ação Democrática, Henry Ramos, disse a jornalistas que há "irregularidades" no programa de computador nas máquinas eletrônicas de votação. Ramos também citou a falta de acesso às listas oficiais de votação e uma "profunda" desconfiança com o trabalho do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), no qual a maioria dos membros foram indicados pelo governo.

Representantes do conselho vêm negando repetidamente a acusação de que defendem o governo. As autoridades já removeram as máquinas de identificação de impressões digitais nos postos de votação após líderes da oposição terem dito que o sistema ameaçava a confidencialidade do voto.

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